Mulher morre após fazer cirurgia plástica no DF. Polícia investiga
De acordo com o relato de amiga da vítima, Fabiana Vieira teve complicações no pós-operatório de um procedimento cirúrgico estético
atualizado
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Fabiana Vieira dos Reis Bezerra (foto de destaque), 35 anos, morreu após ser submetida a cirurgia plástica no Centro Cirúrgico do Hospital das Plásticas, localizado na SGAS 616, na L2 Sul. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
A ocorrência veio a público após relato da amiga de Fabiana, Karine Martins Silva, feito no Facebook. Segundo ela, Fabiana compareceu à clínica do médico Eric Yin na última segunda-feira (4/3) para fazer uma lipoaspiração e uma abdominoplastia. No entanto, sofreu uma parada cardíaca no pós-operatório e não resistiu. Para ela, houve negligência do profissional.
“No momento da parada cardíaca, não tinha nenhum médico presente, somente enfermeiras. Nossa amiga Aninha Freitas, que foi acompanhar a Fabi, presenciou o desespero das enfermeiras ligando para os médicos”, disse na publicação.
A 1ª DP confirmou a morte e que a denúncia está em apuração. De acordo com a ocorrência, o procedimento foi realizado pelo cirurgião plástico e pelo anestesista. “Houve remoção de cadáver, com rabecão, e a perícia está sob responsabilidade do Instituto de Medicina Legal (IML). O laudo do IML deve sair em pelo menos 30 dias.
Tanto o estabelecimento quanto a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) asseguram que o espaço possui licença sanitária válida, que foi renovada em fevereiro deste ano e vence somente em 2020.
No local, segundo a secretaria, podem ser realizadas cirurgias plásticas do tipo III e ambulatorial, que são atividades médico-ambulatoriais com recursos para realização de procedimentos cirúrgicos, e clínica com realização de procedimentos cirúrgicos em ambiente não hospitalar.
Nas redes sociais, o filho da vítima, Thomas dos Reis, trocou a foto de perfil do seu Facebook para uma imagem da mãe e publicou uma mensagem para Fabiana (veja abaixo). Jeferson Bezerra, marido da vítima, também se manifestou. Ele compartilhou uma publicação com a foto da esposa e os dizeres: “Não existe partida para aqueles que permanecerão eternamente em nossos corações”.
Outro lado
Em nota, o Centro Cirúrgico do Hospital das Plásticas informou que a paciente “esteve todo tempo acompanhada por equipe médica completa, estando presentes o médico responsável pela cirurgia, o anestesista e, ainda o médico plantonista”. “A equipe de profissionais não mediu esforços para reverter o quadro da paciente, sem, contudo, lograr êxito”, destaca o texto divulgado à imprensa.
O advogado Paulo Palhares, que representa a unidade de saúde particular, disse que a afirmação feita pela amiga de Fabiana “não se sustenta”. “Ela foi acompanhada a todo momento, o hospital cedia o espaço para que o médico pudesse realizar suas cirurgias. Assim como outros profissionais também fazem”, explicou ao Metrópoles.
O centro cirúrgico disse estar “consternado com o ocorrido” e prestando assistência aos familiares de Fabiana. A direção do hospital aguarda o resultado dos laudos periciais para esclarecimentos adicionais.
A reportagem entrou em contato com a clínica de Eric Yin pelo telefone disponibilizado no seu site e foi informada de que o médico só irá se pronunciar quando o laudo do IML for emitido.