metropoles.com

MPC-DF pede “atendimento digno” a pacientes com síndrome de Down

Segundo o órgão, centro de referência que funciona no Hran está precário e tem infraestrutura insuficiente para atender as necessidades

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
síndrome de down
1 de 1 síndrome de down - Foto: Reprodução

O Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF) apresentou ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) uma representação pedindo a fiscalização da política pública voltada para o atendimento do portador de Síndrome de Down.

Conforme relato encaminhado ao ministério, apesar de necessário e relevante, o atendimento a pacientes com Síndrome de Down na rede pública, realizado no Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Dow (Crisdown), que funciona no Hospital Regional Asa Norte (Hran), está precário e insuficiente para as necessidades dessas pessoas.

Segundo o MPC-DF, atualmente, o Crisdown faz o atendimento permanente de 1.850 pacientes em diversas especialidades de saúde que incluem: clínica médica, fisioterapia, fisioterapia respiratória, pediatria, psicologia, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional. Entretanto, há uma necessidade de atendimento além da capacidade do centro.

Considerando que o Hran tem mais de 35 anos de existência, na parte da estrutura física, o espaço destinado ao Crisdown está subdimensionado para o serviço que presta, diz a representação. Para o MPC-DF, o direito dos portadores de Síndrome de Down ao atendimento digno é garantido pela Constituição Federal. Na sexta-feira (18/8), o relator, conselheiro Renato Rainha, recebeu a representação e mandou ouvir a Secretaria de Saúde do DF, em 10 dias.

Entenda o caso
A Síndrome de Down é conhecida por ser uma alteração genética. Isso porque, na fase de fecundação, são aportados 46 cromossomos, sendo 23 de cada um dos pais, que juntos formam a primeira célula do organismo. No caso da síndrome, há 47 cromossomos, ao invés de 46. Por isso, se caracteriza pela presença de um cromossomo a mais. Dessa forma, não é considerada uma doença, mas uma síndrome, que pode gerar problemas médicos associados. Já se sabe que 50% das crianças com Down possuem problemas cardíacos, sendo comum em todas o déficit intelectual.

Segundo a Procuradora-Geral de Contas, Cláudia Fernanda, “a falta do referido tratamento é o divisor de águas entre aqueles que terão qualidade de vida e independência, daqueles que não a terão. Essa reabilitação será tanto mais efetiva quanto antes se iniciar, aproveitando o que especialistas denominam de ‘plasticidade cerebral’.

No entanto, a falta de implementação dessa política tem levado ao agravamento de saúde dos pacientes e, ainda, a um custo elevado ao Estado, com indenizações, além do pagamento de tratamentos custosos após a perda da chance de realização no momento oportuno, sem falar no alto custo de internações”.

A expectativa do MPC-DF é que o TCDF possa fiscalizar essa importante política pública, sob o aspecto financeiro e, também, em cumprimento ao princípio da eficiência. Questionada, a Secretaria de Saúde ainda não se posicionou sobre o caso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?