Morador do DF é infectado por febre amarela na Granja do Torto
Segundo a Secretaria de Saúde, caso ocorreu em janeiro e o paciente já está curado
atualizado
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Um morador do Distrito Federal contraiu febre amarela na Granja do Torto este ano. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (27/2). Segundo a pasta – que não divulgou dados do paciente –, o enfermo já está curado.
Ainda de acordo com o órgão, foram realizados três exames no Laboratório Central (Lacen), com amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para contraprova. Em todos os testes, o resultado foi positivo para febre amarela, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti (foto em destaque).“Trata-se de um caso autóctone, ou seja, a doença foi contraída no DF. O paciente relatou o início dos sintomas entre os dias 8 e 10 de janeiro, período em que esteve em seu local de trabalho, na Granja do Torto. Além disso, ele não se deslocou para fora do Distrito Federal nos 15 dias que antecederam o início dos sintomas”, disse a secretaria.
Devido ao episódio, a Vigilância Ambiental promoveu ações na Granja do Torto, como identificação e eliminação de focos do mosquito, verificação da existência de circulação de primatas não humanos e uso de UBV pesado (fumacê), em três ciclos, na época da notificação.
Casos em 2018
De 1º de janeiro até esta terça (27), a Secretaria de Saúde registrou 29 casos suspeitos de febre amarela silvestre. Desse total, 25 ocorrências são de residentes no Distrito Federal, e há quatro de moradores de outros estados.
Dos casos de residentes no DF, 22 foram descartados e um foi confirmado, permanecendo o restante (dois) em investigação. Os quatro casos suspeitos relativos a residentes de outros estados foram descartados.
“A Secretaria de Saúde ressalta que a cobertura vacinal do Distrito Federal é alta e que não há motivo para preocupação por parte da população. Todas as salas de imunização do DF estão abastecidas com a vacina contra a febre amarela”, informou a pasta.
Memória
Em 2000, houve o surto mais grave de febre amarela no Distrito Federal, com 40 registros – 38 deles de moradores de outras unidades federativas, mas diagnosticados no DF.
Em 2008, foram 13 diagnósticos da doença no Distrito Federal. Após esse período, não ocorreram mais infecções por febre amarela em residentes da capital federal. Em 2015, as regiões administrativas anotaram três pacientes procedentes de outras localidades, dos quais dois morreram.
No ano passado foram investigados 86 casos suspeitos de febre amarela em moradores do Distrito Federal. Desses, 83 foram descartados, três foram confirmados e evoluíram para óbito. Das confirmações, apenas uma ocorrência foi autóctone.
Vacinação
Crianças a partir de 9 meses e adultos de até 59 anos precisam ser imunizados. Gestantes, mulheres que amamentam bebês de até 6 meses, pessoas com imunossupressão e aquelas com mais de 60 anos só devem se vacinar mediante avaliação médica criteriosa. (Com informações da Secretaria de Saúde)