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Lixo descartado incorretamente já feriu 111 garis neste ano

Objetos cortantes exigem embalagem especial. Seringas e medicamentos vencidos devem ter tratamento diferenciado e serem entregues em unidade de saúde

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Renato Araújo/Agência Brasília
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1 de 1 21867121443_e391279f5b_k - Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), 111 trabalhadores da coleta de lixo se feriram neste ano com materiais cortantes descartados incorretamente. Os acidentes foram causados, em maioria, pela falta de embalagem adequada no descarte de materiais como garrafas, copos e cacos de vidro, pedaços de espelho, espetinhos de churrasco, pedaços de madeira, lâminas e latas, entre outros.

O número foi contabilizado até a última sexta-feira (23/10) pelas três empresas terceirizadas que fornecem mão de obra à SLU: CGC, Valor Ambiental e Sustentare. Um dos acidentes ocorreu com Romário Alves Ribeiro (foto), 26 anos, que trabalha na coleta há um ano. No início deste mês, cacos de vidro mal embalados o cortaram na perna. O acidente resultou em quatro pontos e quatro dias afastado do trabalho. “Fui pegar o lixo e, assim que ele encostou na minha perna, a cortou. O caco de vidro não estava embalado, só dentro da sacola”, explica.

Descarte correto
O SLU define algumas medidas devem ser tomadas no descarte de materiais cortantes. Uma delas é embalar vidros (inteiros ou quebrados) e outros materiais em folhas de jornal. É importante que o embrulho seja resistente. “É uma proteção para evitar o rompimento do saco plástico e acidentes”, destaca a diretora-geral do SLU, Kátia Campos. Um cuidado adicional é escrever na sacola o tipo de material contido.

Pelo mesmo motivo, é recomendado pressionar para dentro as tampas das latas de atum, de milho e de leite condensado, por exemplo. Além disso, garrafas PET podem ser utilizadas como recipientes para objetos pontiagudos, como pregos, agulhas e espetinhos de churrasco. É aconselhável não encher os sacos para que não haja excesso de peso e, por consequência, o rompimento da embalagem. O ideal nesses casos é distribuir o lixo em mais de um recipiente.

Seringas e medicamentos vencidos não devem ser descartados no lixo comum. De acordo com a Secretaria de Saúde, em caso de material cortante ou pontiagudo, o paciente deve descartá-lo em uma caixa de papelão lacrada e identificada, e entregá-la ao centro de saúde mais próximo da residência. Já em caso de medicamentos vencidos, recomenda-se que o paciente liste os remédios que serão entregues nas unidades de atenção básica.

Com informações da Agência Brasília

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