metropoles.com

Jovem grávida morre por demora em atendimento na rede pública, diz mãe

De acordo com Aurea Almeida, a filha, Nayara Thais, procurou ajuda em três unidades até ser atendida no Hospital Regional do Guará

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
nayara thais oliveira
1 de 1 nayara thais oliveira - Foto: null

Mais um caso de demora em atendimento na rede pública de saúde do DF termina em tristeza. Desta vez, foi Nayara Thais de Oliveira Ribeiro, 25 anos, que morreu no último domingo (5/2), no Hospital Regional do Guará, após sofrer uma parada cardíaca. Além da morte de Thais, como era chamada, um bebê que ela nem sabia que esperava também morreu. Até o desfecho trágico da história, a família da jovem conta que viveu uma verdadeira odisseia em busca de atendimento médico, e o caso teve grande repercussão nas redes sociais.

De acordo com a mãe de Thais, a dona de casa Aurea Almeida, 47 anos, tudo começou por volta das 22h de sábado (4). A filha sentiu dores na barriga muito fortes e, durante a madrugada, saiu com o marido em busca auxílio no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), região administrativa em que morava. Aurea afirma que, no local, os servidores alegaram falta de médicos e pediram que a jovem fosse à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Já na UPA, a mãe conta que um vigilante orientou Thais a se sentar em uma cadeira de rodas até que pudesse ser atendida por um médico. De acordo com Aurea, nas duas unidades de saúde, não foi feito nem o registro da passagem da jovem. Por conta da demora e já desesperado, o marido de Thais decidiu levá-la a uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Aurea afirma que, ao chegar ao local, a filha já estava em estado muito grave, passando muito mal e sofreu uma parada cardíaca.

Ambulância
Após ser socorrida pelo Samu, Thais foi levada em uma ambulância até o HRG, onde finalmente conseguiu atendimento. No entanto, segundo a mãe, já era tarde demais. “Lá me deixaram ver minha filha, mas, quando entrei, percebi que não era mais ela quem estava ali. Ela puxava o ar com muita dificuldade e já entendi que estava quase morta”, conta a mãe, emocionada.

Segundo Aurea, o óbito da filha foi declarado às 13h43 de domingo (5), depois que ela sofreu mais uma parada cardíaca e hemorragia interna. Ao saberem da morte da jovem, os familiares também descobriram que ela estava grávida. De acordo com a mãe, Thais já desconfiava da novidade, mas ainda não tinha feito um exame para confirmar a possibilidade. Agora, a família está indignada.

Ela já tinha ido ao hospital com dores na barriga e só passaram um remédio e mandaram voltar para casa, é absurdo. Minha filha era tudo para mim. O governador devia colocar um disfarce e tentar uma vaga nos hospitais públicos para entender o que a gente passa

Aurea Almeida, mãe de Nayara Thais de Oliveira

Após a morte de Thais, um amigo da família fez um desabafo nas redes sociais e parentes dela fizeram uma página no Facebook em memória da jovem.

 

Facebook/Reprodução

 

Outro lado
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, “não há registro de passagem da paciente no Hospital Regional de Ceilândia nem na UPA da região administrativa. O registro encontrado mostra que o atendimento foi realizado no Hospital Regional do Guará, após atendimento realizado pelo Samu e resgate por helicóptero do Corpo de Bombeiros”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?