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Indústria farmacêutica diz que o GDF é o pior pagador entre as unidades da Federação e deve R$ 147,8 milhões em remédios

Segundo a associação que representa os laboratórios, apenas o governo federal supera o DF quando o assunto é atrasar o pagamento pelos remédios adquiridos para a rede pública

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília
1 de 1 - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O Distrito Federal lidera o ranking dos estados que estão com os pagamentos dos medicamentos adquiridos por meio de compras públicas atrasados. A denúncia do calote é da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Segundo a entidade, que reúne 56 empresas associadas, o Governo do DF tem uma dívida de pelo menos R$ 147,8 milhões com os laboratórios. Em alguns casos, a demora no pagamento chega a seis meses.

De acordo com a Interfarma, o maior devedor das empresas é o governo federal, responsável por 53% do valor acumulado, de R$ 927 milhões. Entre os governos regionais, além do GDF, figuram os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina.

“Isso é especialmente delicado já que as compras públicas representam a maior parte do faturamento da farmacêutica”, explica Antônio Britto, presidente executivo da Interfarma. Segundo ele, a indústria tem se organizado para rever processos, cortar custos e buscar alternativas para manter o fornecimento dos medicamentos em dia, mas o atraso expressivo no pagamento começa a comprometer a sustentabilidade das operações.

“O Brasil enfrenta uma crise econômica e todos estão perfeitamente cientes das dificuldades que o governo enfrenta. Por isso, a indústria está se esforçando ao máximo para que o sistema público de saúde não sofra nenhum desabastecimento”, completa.

Fundada em 1990, a Interfarma reúne fabricantes responsáveis pela venda, no canal farmácia, de 80% dos medicamentos de referência do mercado. Além disso, as empresas associadas respondem por 46% da produção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) do mercado brasileiro e por 52% dos medicamentos tarjados (50% do total do mercado de varejo).

Resposta oficial
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou ao Metrópoles “que não tomou conhecimento dos dados divulgados pela Interfarma. Sobre as dívidas de 2014, a pasta informa que os dados estão disponíveis no site da secretaria para que fornecedores e a população tenham acesso e conhecimento, uma vez que a transparência é um dos pilares desta gestão. Em relação aos dados de 2015, a Saúde de Brasília destaca que os processos estão no fluxo normal de pagamento”.

Ainda segundo o órgão, as informações podem ser acessadas no site da Subsecretaria de Administração Geral.

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