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ICDF faz o primeiro transplante de medula óssea em criança em Brasília

O procedimento foi realizado pelo Instituto de Cardiologia do DF em um menino de 12 anos, que tem anemia aplásica grave

atualizado

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Divulgação/ICDF
transplantes medula
1 de 1 transplantes medula - Foto: Divulgação/ICDF

Pela primeira vez, o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) fez um transplante de medula óssea em criança. O paciente é Mateus Lucas de Oliveira, 12 anos, natural de Santa Helena de Goiás e que sofre de anemia aplásica grave – quando a medula para de produzir glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas em número suficiente para o corpo.

De acordo com o ICDF, é o primeiro transplante de medula óssea em criança feito no DF. O menino está em tratamento clínico desde dezembro de 2014. Em agosto deste ano, Mateus passou a ser acompanhado pela unidade. Após todo procedimento preparatório, o transplante foi realizado graças à doação de uma pessoa de outro estado.

A definição do doador foi feita por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para armazenar as informações de possíveis doadores.

Nesta quinta-feira (17/11), foi feita a chamada “pega da medula” – momento em que o tecido infundido já consegue produzir as células do sangue em quantidades suficientes. O transplante ocorreu no dia 27 de outubro, quando Mateus recebeu as células sadias do doador.

 

Faltam leitos
Segundo o médico responsável pela equipe que fez o transplante, Carlos Eduardo Sá Araújo, o procedimento foi complexo e desafiador, tendo em vista a gravidade do quadro de saúde do paciente. “Estamos muito felizes com essa conquista e dispostos a trabalhar cada vez mais para que outras crianças possam comemorar duas datas de aniversário, assim como o Mateus”, afirma o médico.

Ao Metrópoles, o médico contou que na semana que vem outro paciente menor de idade, morador de Paracatu (MG), fará o mesmo procedimento. De acordo com ele, atualmente, o maior problema para a realização desse tipo de transplante não é a falta de doadores (o Brasil tem o terceiro maior banco do mundo), mas a ausência de leitos disponíveis nas unidades hospitalares para os pacientes.

Mateus recebeu nesta quinta uma surpresa da equipe do ICDF. Além de um certificado de Honra ao Mérito, teve o leito todo decorado e ganhou a guloseima que mais gosta: sorvete. Só este ano, já foram feitos 68 transplantes de medula óssea no ICDF. Mateus, segundo o instituto, passa bem. Em Brasília, quem quiser ser um doador precisa procurar o Hemocentro.

Arte/Metrópoles

 

 

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