Hran participa de campanha para cirurgia de fissurados
Mutirão começou nesta segunda (12/10) e prossegue até sexta. No Distrito Federal, previsão é operar 40 pacientes
atualizado
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O Distrito Federal participa da Campanha de Fissura Lábio Palatina, que começou nesta segunda-feira (12/10) e vai até sexta no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Estão previstas 40 cirurgias gratuitas para fissurados. A fila de espera para o procedimento no DF é de aproximadamente 150 crianças.
“Essa campanha representa um grande passo no avanço para a conscientização da população sobre essa deformidade congênita”, afirma Mariane Goes, Diretora de Programas da Smile Train na América do Sul, parceira do programa ao lado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Hran.
A fissura lábio palatina é uma má-formação do lábio superior, que também pode atingir o céu da boca e resulta do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato, enquanto o bebê está se formando.
Com um diagnóstico rápido e a devida assistência médica, é possível reverter esse quadro e dar à criança a oportunidade de ter uma vida sem limitações. Estima-se que no Brasil, a cada 700 nascimentos, uma criança tenha essa condição.
Referência
O Hran é referência para o Centro-Oeste no trato da fissura labiopalatal. Por semana, aproximadamente 120 pacientes são atendidos a nível ambulatorial. A equipe multidisciplinar é formada por enfermeiro, pediatra, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, cirurgiões crânio-maxilo-facial e buco-maxilo-facial, ortodontista, odontopediatra, serviço social e um grupo de apoio voluntariado.
Para ter acesso ao serviço, é preciso antes procurar um centro de saúde para uma consulta com um pediatra, que dará o encaminhamento para o setor de marcação. A solicitação de primeira vez é inserida no Sistema de Regulação. Os retornos já são marcados pelo próprio Hran. Quando o paciente vem de fora do DF, é acolhido e feita uma avaliação, para depois ser atendido.
O pequeno Goarlison Nogueira, de 7 meses, veio da Bahia com a mãe, Sara Nogueira, especificamente para tratar o lábio leporino. “Logo quando ele nasceu, já me falaram da necessidade da cirurgia. Quando busquei saber onde poderia fazer, me indicaram logo Brasília”, conta.
Além da unidade brasiliense, outros nove centros em todo o país participam da ação, que pretende atender 200 pacientes. O ideal é que o paciente seja operado até os dois anos e meio de idade. Depois disso, alguns resultados podem ficar comprometidos, como a fala, que acaba sendo prejudicada pela fissura. Mas no DF existem pacientes bem mais velhos.