Hran centralizará atendimentos se coronavírus chegar ao DF
Unidade é a de referência para população local. Já o HFA é opção do governo federal para brasileiros que retornarem da China
atualizado
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Os casos de coronavírus que chegarem à rede de saúde pública do Distrito Federal serão atendidos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Segundo a Secretaria de Saúde do DF, essa é a unidade habilitada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os eventos da sentinela – protocolo em que os pacientes são colocados em isolamento.
O chefe da pasta, Osnei Okumoto, informou ao Metrópoles que todos os hospitais da rede pública estão aptos a fazer o atendimento emergencial. No entanto, se for necessário o isolamento – inclusive de casos suspeitos em unidades de saúde privadas –, os pacientes serão levados ao Hran.
“Todos têm o material de coleta, que é encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF). Se houver suspeita, o paciente será referenciado ao Hran”, disse.
Okumoto ressaltou que, além do preparo contra a doença, a secretaria tem combatido outro problema: as fake news sobre o vírus. “Tem muita informação falsa. É preciso esclarecer que não temos nenhum caso no DF. Não existe ninguém nem sequer aguardando exames do Lacen”, informou.
Em 29 de janeiro, o Ministério da Saúde informou que preparava uma lista com os nomes dos hospitais que poderiam combater possíveis casos de coronavírus no país. Na ocasião, o Hran já era tratado como a possível unidade referencial. Nesta segunda-feira (03/02/2020), a secretaria confirmou que o hospital, localizado na Asa norte, é a referência habilitada pela Anvisa para atender os pacientes do DF.
Embora o DF esteja livre do coronavírus até o momento, atualmente, são mais de 19,5 mil casos da doença provocada pelo novo vírus no mundo, com 361 mortes. Mais de 20 países foram afetados. No Brasil, há 14 casos suspeitos e nenhum confirmado, segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta segunda-feira.
HFA
No caso dos brasileiros que estão na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da propagação do coronavírus, a cidade destino onde eles aterrissarão e cumprirão a quarentena no Brasil ainda não foi definida. O município goiano de Anápolis, localizado a 155 quilômetros de Brasília, está entre os mais cotados devido à proximidade com o Distrito Federal.
Se esses brasileiros forem levados ao município goiano, o Hospital das Forças Armadas (HFA) será o hospital referência para esse grupo, caso alguma dessas pessoas precisem de atendimento médico durante a quarentena.
Grupo de risco
De acordo com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem algumas perguntas a serem respondidas para que uma suspeita de coronavírus ocorra. A observação primária é com todas as pessoas que vieram da China — região de risco — nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios.
A situação que precisa ser analisada para saber se o caso é suspeito é a seguinte: o indivíduo deve apresentar febre e, pelo menos, um sinal ou sintoma respiratório – tosse e dificuldade para respirar.
Além disso, avalia-se o histórico de viagem para áreas com infecções e se a pessoa teve contato com casos suspeitos ou confirmados de coronavírus. Em todas as possibilidades, o período considerado é o de 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
Confira dados de observação e prevenção da doença: