Hospital Regional do Paranoá limita atendimento a urgências no DF
Pronto-socorro estava superlotado no período da manhã. Paciente com pulseira amarela foi embora depois de cinco horas de espera
atualizado
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Mais uma vez, o Hospital Regional Leste, antigo Hospital Regional do Paranoá (HRPa), limitou o atendimento devido à superlotação no pronto-socorro. O caso ocorreu na manhã desta segunda-feira (20/8). Sem saber quando e se seriam atendidos, pacientes que lotavam a recepção se cansaram de esperar.
A executiva de contas Valdeia Leopoldina Lopes, 48 anos, ficou no hospital por cinco horas e desistiu do atendimento. Segundo o filho dela, Luiz Guilherme Pontes, 26, a mãe estava passando mal há cerca de uma semana, com dores no corpo e na cabeça, além de vômitos. Os dois chegaram ao local às 7h30 e foram embora às 12h45. A família optou por pagar uma consulta particular.
“Não deram nenhuma orientação para nós. Falaram que só tinha um médico atendendo, e ele só atenderia pulseiras vermelhas. Ninguém fez nada. Foi o maior descaso com a gente”, reclamou Pontes.
A direção do Hospital da Região Leste (HRL) informou que, durante parte da manhã desta segunda, o atendimento no pronto-socorro, o qual operava acima de capacidade, esteve restrito aos casos com classificação mais urgente.
Segundo o hospital, a paciente em questão, que tinha classificação amarela, foi chamada às 13h05 e não foi encontrada no local. Não foi informado quantos médicos faziam atendimento no período matutino.
Histórico de descaso
Em julho, o Metrópoles mostrou que os pacientes enfrentavam dificuldade para conseguir atendimento. De acordo com relatos, faltam médicos e os serviços demoravam horas para serem feitos.
A reportagem também mostrou, no fim de junho, que pacientes sofreram na fila de atendimento do hospital, dormindo nas dependências da unidade e suportando uma temperatura de 14ºC.