Hmib fará cirurgia inédita para salvar gêmeas na barriga da mãe
O procedimento, uma fetoscopia, será realizado neste sábado (21/12/2019). Mulher está na 22ª semana de gestação
atualizado
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O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) vai realizar uma cirurgia inédita na manhã deste sábado (21/12/2019). A paciente está na 22ª semana de gravidez e tem gêmeas, que dividem a mesma placenta e estão com o desenvolvimento comprometido por um problema no recebimento do sangue. O procedimento, uma fetoscopia, é necessário para salvar a vida das crianças.
A situação das gêmeas é conhecida como síndrome de transfusão fetofetal, que acontece quando um bebê está recebendo mais sangue do que o outro. Nessa cirurgia, os vasos da placenta que fazem a comunicação entre os dois fetos são separados por laser, com a utilização de um instrumento denominado fetoscópio – uma câmera introduzida na cavidade amniótica.
“As gêmeas dividem a placenta e existem conexões causando desequilíbrio no fluxo de sangue entre elas. Uma fica sobrecarregada com sangue demais e a outra sem nada. Por conta disso, ambas têm risco elevado de morrer. O tratamento é uma cirurgia intrauterina a laser para separar as conexões”, informa uma das médicas que vai realizar a cirurgia, Danielle do Brasil.
A paciente, Karla Sarah da Silva, 23 anos, é de Aparecida de Goiânia (GO). Logo nas primeiras semanas, ela descobriu que a gravidez era de gêmeos e que poderia ter complicações. No começo, foi acompanhada por médicos da cidade, mas logo foi orientada a buscar um especialista em medicina fetal.
“Ficamos preocupados ao saber que esses especialistas eram de difícil acesso, que só tinha em outros estados e na rede particular era muito caro. Mas há uma semana fomos encaminhados para o Hmib. Aqui, os médicos nos explicaram sobre o procedimento e os riscos, mas também passaram muita confiança”, pontua Karla Sarah.
O procedimento cirúrgico envolverá uma equipe médica formada por dois especialistas em medicina fetal. “O Hmib, mais uma vez, está sendo vanguarda dentro da sua especificidade e do diferencial que oferecemos para a rede, como a medicina fetal, gravidez de alto risco, reprodução humana”, afirmou o diretor do Hmib, Rodolfo Alves.
Com informações da Secretaria de Saúde