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Governo confirma terceira morte por febre amarela no DF em 2017

Morador do Sudoeste morreu em 27 de novembro. Ele contraiu a doença dentro do Distrito Federal, informou a Secretaria de Saúde

atualizado

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Fiocruz produz mosquito que não transmite dengue
1 de 1 Fiocruz produz mosquito que não transmite dengue - Foto: Metrópoles

Febre amarela foi a causa da morte de um psicólogo, de 43 anos, no mês passado, confirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Marcus Quito. Em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (29/12), ele informou que o paciente contraiu a doença no Distrito Federal, uma vez que não há registro de deslocamento da vítima para outros locais antes da internação no Hospital Santa Lúcia.

A Secretaria de Saúde foi notificada da suspeita da enfermidade em 20 de novembro. O morador do Sudoeste morreu sete dias depois. Mesmo tendo tomado a vacina, o resultado da análise laboratorial realizada pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), divulgado em 14 de dezembro, apontou o vírus no organismo dele.

“Não temos como comprovar se a vacina o protegeu ou não. Os sintomas de febre amarela foram quase imperceptíveis. Ele não apresentou febre, por exemplo”, destacou Quito. O exame indicou traço falcêmico – alteração genética –, o que pode ter contribuído para o paciente não conseguir se recuperar, explicou o subsecretário. A infecção pode ter ocorrido em dois locais, de acordo com a pasta da Saúde: Jardim Botânico ou Sudoeste.

Trata-se do terceiro caso de morte ocasionado pela doença no DF neste ano. Não foi possível comprovar, no entanto, se os outros dois cidadãos foram infectados no território brasiliense, pois ambos visitaram outras cidades 15 dias antes de médicos suspeitarem da doença. Um tinha viajado para Januária (MG) e o outro ia com frequência ao Entorno de Brasília, segundo Quito.

IGO ESTRELA/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Marcus Quito, fez o anúncio em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (28/12)

 

Prevenção
A Secretaria de Saúde atuou no Sudoeste, no Jardim Botânico e no Setor Hospitalar Sul após a notificação do caso do psicólogo. Os hospitais foram alertados da necessidade de informar as suspeitas da doença para as autoridades. “Fizemos também o que chamamos de bloqueio seletivo: imunizamos 166 pessoas sem o histórico de vacinação”, completou o subsecretário.

Ele orienta os pais de crianças maiores de 9 meses e os adultos com idade inferior a 59 anos, ainda não imunizados, a procurarem as unidades básicas de saúde. Marcus Quito esclarece que uma dose é o suficiente, com base em protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O que é
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração e gravidade variável, causada por um arbovírus transmitido por artrópodes. As taxas de letalidade variam entre 5% e 50%.

No continente americano, a patologia apresenta dois ciclos de transmissão: o silvestre e o urbano. No primeiro, o macaco é o hospedeiro mais comum do vírus, e os vetores são essencialmente espécies silvestres de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já no ciclo urbano, o ser humano é o principal hospedeiro, e o Aedes aegypti é o vetor predominante envolvido no ciclo de transmissão.

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