Gestantes e crianças enfrentam problemas para vacinação contra H1N1

Com o aumento do registros de casos de H1N1 no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde antecipou a campanha de vacinação contra as gripe Influenza A e começou a imunizar gestantes, mães que tiveram bebês há até 45 dias e crianças entre seis meses e 5 anos nesta segunda-feira (18/4). Quem busca os postos de saúde em busca da imunização, no entanto, tem enfrentado dificuldades.

A pasta informou que no primeiro balanço parcial, foram vacinadas contra a H1N1, cerca de 48.203 pessoas. Nessa primeira etapa, lançada na última segunda-feira (18), o público alvo são crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias pós-parto e profissionais de saúde. A expectativa é de vacinar 295 mil pessoas.

Um dos problemas é o constante desabastecimento. Muitos pais que levaram as crianças no Centro de Saúde nº 2, na QE 17 do Guará II, acabaram sem conseguir a vacina para os pequenos. Ila Thainá Cruvinel, 20 anos,foi com a filha Denise, 2, na unidade na terça-feira (19), mas teve de voltar ao posto nesta quarta (20) para que a menina fosse atendida.

Um servidor do centro de saúde explicou que foram entregues 200 doses para a manhã desta quarta-feira, mas elas acabaram uma hora e meia após a abertura da unidade. Segundo o funcionário, cerca de 600 pessoas são imunizadas diariamente. Por volta das 11h, uma nova remessa foi entregue no local.

O desabastecimento temporário da vacina gera outra situação: grandes filas. No Centro de Saúde nº 1 de Samambaia, grávidas e crianças dobravam a esquina à espera do atendimento no terceiro dia de campanha.

A Secretaria de Saúde informou em nota que “a rede de frios, que concentra o estoque de vacinas contra H1N1, reabastece as salas de vacinação de todo o Distrito Federal com as doses que são encaminhadas pelo Ministério da Saúde. Quando ocorre falta temporária, a unidade de saúde recorre à rede para reabastecimento imediato”. A central de distribuição fica no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

Na última sexta-feira (15), a Secretaria de Saúde divulgou o registro de mais 19 casos de pacientes infectados pelo vírus H1N1 em uma semana. Em 2016, 45 pessoas tiveram a doença confirmada. Até o momento, três pessoas morreram em decorrência da enfermidade. O número de notificações também aumentou. Foram 111 suspeitas, contra as 85 investigadas até a sexta-feira da semana passada.

Gripe 
A influenza, ou gripe, como é popularmente conhecida, é transmitida por meio das vias respiratórias e seus efeitos duram, em média, uma semana. Trata-se de uma patologia que afeta principalmente os brônquios, boca, nariz, garganta e, ocasionalmente, acomete os pulmões.

Os principais sintomas do H1N1 são febre acima de 37,8ºC – sendo mais acentuada em crianças –, infecção aguda das vias aéreas, calafrios, mal-estar, cefaleia, dores no corpo, na garganta e nas articulações, prostração, coriza e tosse seca. Em alguns casos, podem ocorrer vômito, diarreia, fadiga e rouquidão. A influenza circula entre a população durante todo o ano, mas constata-se aumento da infecção principalmente no outono e inverno.

Confira dicas para evitar a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias:

• Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
• Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.