GDF pede ajuda à FAB após fim do estoque de soro fisiológico
Insumo, necessário para cirurgias, será trazido via aérea com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB)
atualizado
Compartilhar notícia
Neste nono dia de greve dos caminhoneiros, a baixa nos estoques de soro fisiológico na rede pública pode afetar a prestação de serviços básicos de saúde. A escassez prejudica desde procedimentos simples, como curativos, até a realização de cirurgias e recuperação de pós-operatório, pois o líquido também é utilizado para administrar medicamentos.
Após nova reunião do gabinete integrado do Distrito Federal que acompanha os efeitos da paralisação nacional dos caminhoneiros, nesta terça-feira (29), o governador Rodrigo Rollemberg informou que estão entre as prioridades o transporte de soro fisiológico para hospitais, que consomem cerca de 2,5 mil frascos por dia. “Estamos providenciando um avião Hércules da FAB para trazer o soro a Brasília”, garantiu.
Cerca de 30 gestores da rede hospitalar pública e privada do Distrito Federal participaram de reunião no Ministério Público Federal no DF (MPF/DF). O objetivo foi debater o plano de ação emergencial para garantir o transporte dos insumos hospitalares necessários ao funcionamento das unidades de saúde enquanto não for encerrada a greve dos caminhoneiros. Desde a semana passada, os estoques de insumos indispensáveis à continuidade dos serviços de saúde – tais como gases medicinais, material para hemodiálise, medicamentos, entre outros – estão em níveis críticos.
Ficou acordado que os gestores encaminharão ao MPF/DF as necessidades de insumos, com informações sobre quantitativo, empresas fornecedoras e transportadoras. Dessa forma, os procuradores da República irão fazer as gestões necessárias para viabilizar o transporte desse material. “A ideia é justamente consolidar as demandas de todos os hospitais e resolver o problema de forma mais eficaz”, explicou a procuradora da República Ana Carolina Roman.
Segundo a procuradora da República Anna Carolina Maia, o MPF/DF pode ajudar na resolução do transporte, contactando não só o governo do Distrito Federal, mas também órgãos federais envolvidos na logística das escoltas, como Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional.
No último fim de semana, o MPF/DF recomendou à Secretaria de Saúde do Distrito Federal que levantasse, em 24 horas, as informações relativas às cargas de insumos hospitalares em trânsito nas rodovias, com destino a unidades de saúde do DF. As informações deveriam ser repassadas à Superintendência Regional da PRF, para que as cargas fossem priorizadas nas ações de liberação/escola de caminhões e carretas que vêm sendo desenvolvidas pela Polícia Rodoviária Federal com o apoio da Polícia Militar do DF. A PRF também recebeu recomendação para priorizar as escoltas dos insumos destinados à rede hospitalar do Distrito Federal como um todo.
Crise dos combustíveis
Ainda de acordo com Rollemberg, cerca de 100 caminhões-tanque foram escoltados pela Polícia Militar hoje para diversos postos de distribuição, e outros 250 estão sendo trazidos com o apoio de forças de segurança nacionais.
Para amanhã (30), a previsão é que 48 caminhões com álcool anidro cheguem ao DF por meio de escoltas. O líquido é necessário para a oferta de gasolina nos postos, uma vez que ele é misturado ao combustível.
Para o transporte público coletivo, há combustível suficiente para que a frota circule até sexta-feira (1º). O metrô manterá a ampliação no horário de pico em uma hora de manhã e outra à tarde. Na quinta (31), os trens circularão até as 21 horas para atender o público das atividades do feriado de Corpus Christi. (Com informações da Agência Brasília e MPF)