GDF autoriza nomeação de 723 aprovados em concurso da Saúde
Anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg nesta terça-feira (2/5). Profissionais vão entrar em vagas abertas por aposentadorias
atualizado
Compartilhar notícia
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) autorizou, na manhã desta terça-feira (2/5), a nomeação de 723 novos servidores aprovados em concurso público para a Secretaria de Saúde. Os funcionários vão cobrir as vagas decorrentes de aposentadorias ocorridas em 2015.
O nome dos selecionados será publicado no Diário Oficial do DF até a próxima sexta-feira (5). O GDF informou que o foco principal das novas nomeações é a reabertura de 65 leitos de UTI que estão bloqueados por falta de recursos humanos.
“As nomeações cumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pois os servidores vão ocupar vagas abertas por aposentadorias”, garantiu o governador.
A medida acarreta aumento de gastos. “O impacto para 2017 é de R$ 32 milhões e, em 2018, R$ 69 milhões. Isso demonstra a prioridade que o governo tem dado para a área”, avaliou o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.
Entre as nomeações autorizadas, há 468 técnicos (148 técnicos em higiene dental; 220 técnicos de enfermagem; 85 técnicos administrativos; oito técnicos em radiologia; sete técnicos de laboratório); 30 auxiliares de operações de serviços diversos em farmácia e anatomia patológica; 20 cirurgiões dentistas; 36 enfermeiros; 103 médicos em várias especialidades; e 66 profissionais de outras áreas, entre biomédicos, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos-bioquímicos, assistentes sociais e fisioterapeutas.
Contratações não cobrem demissões
Em nota, o SindMédicos afirmou que as novas contratações não cobrirão todo o déficit de médicos na rede pública de saúde. “O governador anunciou a contratação de 103 novos médicos. No entanto, de janeiro de 2016 a março de 2017, foram contratados apenas 17 profissionais da área, enquanto saíram 213. Só em março, saíram 66 médicos e apenas dois deles foi por motivo de aposentadoria”, detalha o texto.
Segundo o vice-presidente do sindicato, Carlos Fernando, a maior parte das exonerações se deve à falta de condições de trabalho e ao não pagamento das gratificações de titulação e insalubridade aos profissionais que assumiram a partir de 2015. Além disso, ainda de acordo com o texto, dados do Portal da Transparência apontam que, neste ano, 148 médicos completam 30 anos ou mais de trabalho, pré-requisito para novas aposentadorias. Segundo o portal, o déficit desses profissionais, em março, era de 4.599.