GDF amplia jornada de trabalho de servidores do Hran e do HRT
Profissionais de saúde que atuam em unidades referência no tratamento da Covid-19 da capital agora trabalharão 40 horas semanais
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, nesta quarta-feira (08/04), portaria que amplia a jornada de trabalho de profissionais da saúde lotados nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran) e de Taguantinga (HRT) – unidades referência no tratamento da Covid-19 na capital.
A portaria foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). O texto traz medidas para o combate ao novo coronavírus e reconheceu o estado de calamidade pública em função da doença.
De acordo com a determinação, agora, os 115 servidores convocados trabalharão em regime de 40 horas semanais.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde) se posicionou a favor da decisão do Executivo local em ampliar o regime de trabalho dos médicos e enfermeiros.
A entidade defende que a medida permitirá “assistência maior à sociedade neste momento de pandemia”. Para a diretora do SindSaúde, Marli Rodrigues, o momento atual é “delicado e requer o maior número de trabalhadores atuando”.
“É muito importante a convocação, principalmente nas unidades mais afetadas pelo novo coronavírus. São profissionais que já estão atuando no enfrentamento da crise e que agora poderão contribuir ainda mais”, apontou a representante da entidade.
Para Marli, é preciso que a Secretaria de Saúde (SES-DF) convoque concursados que aguardam por nomeação.
“Emergencistas e enfermeiros de família, por exemplo, são só algumas das especialidades que estão escassas na SES. Além, de que algumas áreas já não há mais cadastro reserva e nem pessoal para ampliação de carga horária”, finalizou.
Atualmente, o Distrito Federal tem 12 óbitos provocados pela doença e outros 511 pacientes confirmados com coronavírus. Há 18 em estado grave, 47 em situação considerada moderada e 359 com quadro leve.
Gravidade das infecções
São consideradas infecções leves os casos em que o paciente não apresenta pneumonia ou uma versão mais branda, fica em isolamento domiciliar e tem acompanhamento da Secretaria de Saúde.
Já as moderadas/graves indicam os internados em leitos gerais dentro de hospitais. Eles sentem falta de ar, mudança na frequência respiratória e problemas na saturação de oxigênio no sangue.
Por fim, as infecções críticas/graves são para os pacientes internados em UTIs. Eles têm insuficiência respiratória, choque séptico e possibilidade de falência múltipla dos órgãos.