Filha não consegue UTI para pai no DF mesmo com liminar da Justiça
Ela ainda denuncia que o estado de saúde de José Valdemir de Moura piorou devido a falta de tratamento adequado
atualizado
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A vida de Carolina Moura, 29 anos, transformou-se totalmente nos últimos 15 dias. Tudo começou com uma queda do pai, José Valdemir de Moura, 55 anos, de uma rampa na casa da família. O problema é que o acidente, que em tese era para ser algo facilmente tratável, levou José a ter duas paradas cardiorrespiratórias e, agora, ele precisa de uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Carolina conta que o pai, após a queda da rampa, precisava de uma cirurgia no joelho, já que rompeu o tendão patelar. A família procurou o Hospital Regional do Paranoá, que internou José Valdemir para ser operado. No entanto, ele ficou esperando pelo procedimento cirúrgico por 12 dias. Durante esse tempo, denuncia a filha, o pai ficou vários dias em jejum e não se movimentou.Esses fatores pioraram o quadro de saúde de José, levando-o a uma embolia pulmonar. A doença é comumente causada por coágulos de sangue vindos das pernas. Atualmente, José só respira com a ajuda de aparelhos e precisa urgentemente de tratamentos em uma UTI.
Só que não há vagas em UTIs no Distrito Federal. Eu já procurei a Justiça, tenho uma liminar que obriga o Governo do DF a colocar meu pai em uma UTI e mesmo assim eles não colocam
Carolina Moura, filha
Enquanto uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva não aparece, José segue internado no Hospital do Paranoá. Segundo a filha, ele está na emergência da unidade de saúde, junto com pacientes com doenças infecciosas, o que pode complicar ainda mais o quadro. Uma espécie de “semi-UTI” teria sido improvisada no local para garantir que José sobreviva enquanto uma UTI de verdade não é disponibilizada.
Questionada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, por meio de nota, que irá se posicionar nesta segunda-feira (29/8).