Depois de dizer que atendimento nas farmácias de alto custo seria por ordem alfabética, secretário de Saúde volta atrás
Em entrevista ao “Metrópoles” na manhã deste domingo (25/10), ele anunciou medida para agilizar entrega de medicamentos de alto custo para seis mil pacientes. Fica valendo a ordem de chegada
atualizado
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Quatro horas depois de gravar uma entrevista para o “Metrópoles”, na manhã deste domingo (25/10), e anunciar uma grande operação para atender a demanda reprimida nas farmácias de alto custo em função da greve dos servidores, o secretário Fábio Gondim,voltou atrás e desistiu de fazer o atendimento por ordem alfabética.
Por meio da assessoria de imprensa, a pasta informou que partir de segunda (26), a entrega dos medicamentos será por ordem de chegada, das 7h às 19h, inclusive sábado. As medidas valem para as unidades de Ceilândia e Asa Sul. A expectativa é que seis mil pessoas procurem atendimento nesta semana, já que por conta da greve dos servidores o serviço ficou praticamente parado.Confira, no vídeo abaixo, a entrevista de Fábio Gondim ao Metrópoles, concedida às 12h40, explicando como seria o funcionamento das farmácias até o dia 31. Segundo a assessoria de imprensa, todas as outras medidas estão valendo, exceto o atendimento por ordem alfabética.
Domingo tranquilo
A aposentada Maria de Lourdes, 72 anos, conta que quando ficou sabendo que a farmácia estava aberta, largou o almoço no fogão para vir pegar o remédio do filho, que sofre de esquizofrenia. “Nem acreditei! O remédio dele já estava acabando e ele não pode ficar sem, não pode parar. Estava com medo de não conseguir esse mês”, afirmou.
Também aposentado, Aparecido França aproveitou o retorno do serviço para buscar o remédio para a sogra dele. Ela sofre de Alzheimer e precisa pegar o remédio uma vez por mês. Ele veio na unidade da Asa Sul na semana passada, mas não conseguiu retirar o remédio porque estava fechada. “Fiquei sabendo e corri para cá. Sem fila, tudo tranquilo”, comemorou.
Os servidores foram obrigados a retornar ao trabalho por decisão do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), atendendo solicitação do GDF. Quem descumprir a determinação judicial está sujeito a corte de ponto e a apuração de eventual prática de crime de responsabilidade. A categoria reivindica o pagamento de reajuste salarial.