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Família enterra bebê que nasceu morto após atendimento no Hospital Regional de Ceilândia

Comerciantes de Águas Lindas arcaram com os custos da cerimônia. Funeral ocorreu no município goiano

atualizado

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1 de 1 vovó - Foto: YouTube/Reprodução

Após a agonia de carregar o neto morto no colo no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) na madrugada de domingo (31/1), a família de Edna Maria Farias de Brito, 36 anos, enterrou o corpo da criança no fim da tarde desta terça-feira (2/2). Segundo ela, comerciantes de Águas Lindas (GO) arcaram com os custos do funeral, feito no cemitério do município goiano.

Duas horas após a cerimônia, Edna contou ao Metrópoles que, até a noite desta terça, ninguém da Secretaria de Saúde havia prestado esclarecimentos sobre o episódio. “É um descaso total. Estamos muito abalados”, disse.

A história dela comoveu milhares de brasilienses e causou muita indignação. Na madrugada de domingo (31), Edna levou a filha de 20 anos, Lueny Krizânia Farias de Brito ao hospital. A jovem estava grávida de cinco meses e sentia muitas dores.

A gestante foi atendida e liberada em seguida. Uma hora depois, sofreu um aborto e a criança, de acordo com a avó, nasceu morta. Desesperada, a mulher retornou ao HRC com o bebê no colo. Um vídeo foi feito por uma pessoa que acompanhava uma paciente e repercutiu nas redes sociais.

Veja o vídeo:

“Levei minha filha para Ceilândia porque achava que o hospital de lá tinha mais estrutura que o daqui”, conta a avó, que decidiu acionar o GDF na Justiça. “Essas coisas não podem ocorrer e simplesmente não ter consequência para o governo.”

Sem conter o choro, a avó reafirma que a filha foi atendida rapidamente no HRC. “A médica diz que escutou o coração do bebê, mas é mentira”, garante. Em entrevista no próprio domingo, a diretora do hospital, Talita Lemos Andrade, afirmou que a ginecologista que atendeu Lueny ouviu os batimentos da criança. Porém, um laudo preliminar revelou que o feto estava morto 24 horas antes de ser abortado pela mãe.

A Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar o que ocorreu e a Polícia Civil também vai investigar a morte do bebê.

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