Falta vacina contra H1N1 na rede privada do DF
De oito clínicas pesquisadas pela reportagem, nenhuma tinha o produto para adultos e apenas três comercializavam o imunizante. No entanto, apenas para crianças de até 3 anos. Campanha na rede estatal chegou ao fim no último dia 20
atualizado
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A campanha de vacinação contra o vírus H1N1 na rede pública do Distrito Federal terminou na última sexta-feira (20/5). No total, foram imunizadas 613.364 pessoas — o número superou o previsto inicialmente: 609.105. Mesmo com o balanço positivo, a quantidade de casos da gripe Influenza A segue aumentando no DF. Porém, quem quiser se proteger contra a doença daqui em diante não conseguirá as doses na rede pública e, mesmo na rede particular, enfrentará dificuldades.
Dos oito estabelecimentos pesquisados pela reportagem, nenhum contava com o produto para adultos. Em apenas três deles havia vacinas (Sabin e Imunocentro na Asa Norte e na Asa Sul), mas somente para crianças entre 6 meses e 3 anos. O preço de cada dose variava de R$ 100 a R$ 140. Por telefone, todos os locais contatados disseram que, além de não haver composto disponível, não existe previsão para que os estoques sejam reabastecidos.Até o dia 20 de maio, foram 138 casos confirmados de H1N1 no Distrito Federal, com 10 mortes. Apesar do crescimento dessas ocorrências, a Secretaria de Saúde informou, em nota, que o DF ultrapassou a meta anual de imunização e não há previsão de oferecimento de novas doses à população pela rede pública.
Durante a campanha, iniciada em 18 de abril, crianças com menos de 5 anos, gestantes, servidores da Saúde e do sistema prisional, idosos e presidiários estiveram entre os grupos beneficiados com a imunização.
No entanto, 53 dos 138 casos confirmados da doença ocorreram em adultos de 20 a 59 anos, fora dos grupos de risco. Para esse público, coube a tentativa de imunização em clínicas particulares. Mas, após o término da campanha, nem mesmo nesses locais encontra-se a vacina.
Como se prevenir?
Uma das explicações dadas pela Secretaria de Saúde para a finalização da campanha de vacinas é que a imunização é apenas uma parte do combate ao vírus H1N1. Segundo a pasta, a prevenção no dia a dia é tão ou mais importante nessa luta quanto se imunizar.
A influenza, ou gripe, como é popularmente conhecida, é transmitida por meio das vias respiratórias, e seus efeitos duram, em média, uma semana. Essa patologia afeta principalmente os brônquios, a boca, o nariz, a garganta e, ocasionalmente, acomete os pulmões.
Os principais sintomas do H1N1 são febre acima de 37,8ºC – sendo mais acentuada em crianças –, infecção aguda das vias aéreas, calafrios, mal-estar, cefaleia, dores no corpo, garganta e articulações, prostração, coriza e tosse seca. Em alguns casos, é possível a ocorrência de vômito, diarreia, fadiga e rouquidão. A influenza está presente entre a população durante todo o ano, mas constata-se aumento principalmente no outono e no inverno.
Medidas que evitam a transmissão da influenza e de outras doenças respiratórias
- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas dos olhos, nariz e boca
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
- Manter os ambientes bem ventilados
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe
- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos