EUA registra primeira morte relacionada ao uso de cigarro eletrônico
Também conhecido como vape, dispositivo é associado a diversas doenças pulmonares e provoca sintomas como tosse, tontura e convulsões
atualizado
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Erroneamente considerado por muitos como uma alternativa ao cigarro convencional, o cigarro eletrônico pode ser mais perigoso do que aparenta. Na última sexta-feira (23/08/2019), nos Estados Unidos, uma pessoa morreu após sofrer uma doença pulmonar relacionada ao e-cigarette.
Em nota, o Departamento de Saúde Pública de Illinois (IDPH) informou a morte do paciente, que havia sido hospitalizado com uma “doença respiratória severa” após o uso de cigarros eletrônicos. O sexo da vítima, bem como a idade, não foi divulgado.
Segundo o IDPH, já foram confirmados 22 casos de doenças respiratórias de usuários de vapes em Illinois. Todos os pacientes haviam utilizado e-cigarette dias ou semanas antes da manifestação de sintomas como tosse intensa, falta de ar e cansaço, além de vômitos e diarreia. Outros 12 casos estão sendo investigados.
Até agora, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) estima 150 possíveis casos de doenças pulmonares causadas pelos vapes em 15 estados norte-americanos.
Ainda não se sabem exatamente os danos que os cigarros eletrônicos podem causar à saúde, mas as pesquisas atuais não são animadoras. Um estudo da Universidade da Pensilvânia descobriu, por exemplo, que um único trago em cigarro eletrônico pode danificar vasos sanguíneos, mesmo que o líquido presente nele não contenha nicotina.
Apesar de possuir menos substâncias tóxicas do que o cigarro convencional, a opção eletrônica também contém cancerígenos. Outro equívoco é acreditar que o dispositivo pode ser usado como uma maneira para deixar de fumar. Os cigarros eletrônicos possuem elevados níveis de nicotina, a substância viciante do cigarro.
Outra pesquisa revelou que jovens adeptos do cigarro eletrônico têm mais chances de fumar maconha.