Enfermarias viram salas de descanso após reforma em hospital no DF
Ao todo, 15 alojamentos passaram por obras recentemente, mas não podem ser utilizados antes da liberação pelo Corpo de Bombeiros
atualizado
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Os alojamentos para servidores descansarem durante os plantões no Hospital Regional do Gama (HRG) estão reformados e prontos, porém, fechados à espera da avaliação do Corpo de Bombeiros para que o espaço possa ser usado. Como forma de uma solução improvisada, enfermarias, que antes recebiam pacientes, foram equipadas com camas e mobiliário a fim de servirem de espaço de descanso dos profissionais da saúde.
Ao todo, são 15 alojamentos, totalmente repaginados, com móveis planejados em MDF, televisores, geladeiras, armários e camas. No dia 27 de julho, após visitar vários hospitais públicos da cidade, entre eles o do Gama, o secretário Osnei Okumoto anunciou R$ 50 milhões para reformas em três unidades.
Durante a visita ao HRG, Okumoto destacou a necessidade de melhorias no pronto-socorro e instalação de ar-condicionado central.
Documento interno do hospital, ao qual o Metrópoles teve acesso, mostra que 47 leitos estão bloqueados na unidade. Entre os motivos apontados estão a interdição de enfermarias, incapacidade de recursos humanos e falta de monitores cardíacos e respiratórios.
A denunciante, que pediu para não ser identificada, disse que levará o caso ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). “É comum ver enfermeiros, médicos e técnicos sumirem depois das 22h e o usuário fica abandonado à própria sorte”.
Por meio de nota, a SES se manifestou dizendo que todos os hospitais têm ala destinada ao repouso dos que trabalham em esquema de plantão. “No HRG, essa ala existe há mais de 30 anos. Foi reformada com a contribuição de cada servidor que a utiliza nos horários de descanso”, esclareceu a pasta. A SES, porém, não deixou claro se houve investimento público ou se apenas as contribuições dos trabalhadores da unidade custearam as obras e mobiliário.
O direção do HRG informou que vai avaliar a situação e, caso necessário, tomará as devidas providências.
Questionado sobre quando será feita a vistoria na unidade, o Corpo de Bombeiros não havia respondido até a publicação desta reportagem.