Empresas alegam falta de pagamento e param serviços hospitalares
GDF rebate e diz que está dentro do prazo combinado no contrato. Terceirizados suspendem limpeza e vigilância em quatro centros
atualizado
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A demora nos pagamentos de terceirizados e empresas é colocada como motivo para a paralisação de quatro unidades da rede pública de Saúde do Distrito Federal. Trabalhadores contratados para fazer a limpeza e vigilância de hospitais cruzaram os braços. Enquanto isso, segundo empregados, a Sanoli suspendeu a alimentação de servidores, mas por causa de dívidas da gestão anterior do Buriti. O GDF afirma que o repasse está dentro do prazo estabelecido em contrato.
Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis no DF (Sindiserviços-DF), aproximadamente, 1 mil terceirizados não receberam o salário em 7 de outubro.
Os terceirizados deixaram de trabalhar no hospitais Regionais de Taguatinga (HRT), Samambaia (HRSam), Brazlândia (HRBraz) e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).
Eles são contratados pela empresa Ipanema. A demora nos pagamentos também atingiu a alimentação dos servidores nos hospitais. De acordo com relatos de funcionários, a Sanoli interrompeu as refeições do quadro no Hmib e no Hospital Regional do Gama (HRG).
O outro lado
A Secretaria de Saúde esclareceu que, nesta quarta-feira (13/11/2019), será feito o pagamento referente ao mês de setembro para as empresas de limpeza e vigilância. “Vale ressaltar que, de acordo com o contrato, o repasse dos valores às empresas pode ser feito até 90 dias após a prestação do serviço”, argumentou a pasta, por nota.
No caso da Sanoli, a secretaria alega que não há dívidas em atraso. De acordo com a nota, o pagamento correspondente ao mês de outubro será feito ainda nesta quarta (13/11/2019).
“A pasta ressalta que a empresa está pleiteando o recebimento de reajustes dos contratos de serviços prestados no governo anterior, de 2014 a 2018”, declarou a secretaria.
Sanoli
Atualmente, a Sanoli conta com mil colaboradores trabalhando em sete hospitais e três Unidades de Pronto Antedimento (UPAs) do DF. Segundo a empresa, alguns colaboradores não compareceram ao serviço na terça-feira (12/11/2019) devido ao atraso no pagamento de salário referente a outubro.
“Remanejamos equipes de diferentes unidades para que o fornecimento de alimentação para pacientes, acompanhantes e servidores seguisse o mais próximo possível da normalidade. Eventuais atrasos na entrega das refeições podem ter acontecido. Entretanto, não houve suspensão no fornecimento de alimentação”, afirmou a empresa por nota.
De acordo com a Sanoli, o atraso na quitação da folha é devido a um débito em aberto da Secretaria de Saúde, de aproximadamente R$ 70 milhões. As faturas de 2019 estão em dia. O fluxo de caixa está comprometido em função do deficit entre 2014 e 2018.
“A Sanoli está empenhada em evitar possíveis paralisações.Continuaremos tentando manter o fornecimento de alimentação aos pacientes
internados, acompanhantes e servidores”, concluiu a empresa.