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UPA de Sobradinho II proíbe aviso sobre falta de médicos a pacientes

Circular assinada pelo gerente geral da UPA determina que os funcionários não informem a população quando profissionais estiverem ausentes. Unidade alega que medida evita apenas o repasse de dados errados

atualizado

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Rondon Vellozo/Ministério da Saúde
upa de sobradinho II 2
1 de 1 upa de sobradinho II 2 - Foto: Rondon Vellozo/Ministério da Saúde

Está cada vez mais complicada a situação da saúde pública do Distrito Federal. Se não bastasse a falta de medicamentos, equipamentos, UTIs e médicos, agora o cidadão não tem mais acesso nem a informações.

O Metrópoles recebeu um documento, assinado pelo gerente-geral da Unidade Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II, proibindo os funcionários de comunicarem aos pacientes sobre a falta de médicos no local. A circular avisa que a informação “está restrita aos supervisores de emergência”.

Divulgação

Daniel de Souza Mattos Vidal, gerente que assinou o documento, nega que o episódio seja um descaso com a população. Segundo ele, o comunicado tenta apenas controlar a forma como as notícias são repassadas para os pacientes, evitando, assim, “alguma informação errada”.

Nós já tivemos problemas com informações erradas. Um funcionário falou na recepção que não havia médico na UPA e, na verdade, tínhamos quatro médicos atendendo. Queremos apenas evitar que a população seja atingida por um funcionário desinformado

Daniel de Souza Mattos Vidal, gerente-geral da UPA de Sobradinho II

Questionado sobre o que acontecerá caso alguém desobedeça à ordem de não repassar informações aos pacientes, Daniel Vidal disse que o funcionário sofrerá sanções administrativas de acordo com a lei. “Isso não quer dizer que o paciente não terá informação, apenas que ela será repassada ou por mim ou pelo supervisor da emergência.”

Caos na saúde

O Metrópoles vem mostrando como a saúde no DF está um caos. No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por exemplo, pacientes foram obrigados a tomar banho gelado neste início de inverno. Sem contar a ausência de medicamentos básicos e de insumos, como gaze e termômetros; e a falta de médicos especialistas.

Há ainda o caso de um bebê de apenas 5 meses que tem síndrome de down e sofre com três sopros no coração, desvio de septo total, hipertensão pulmonar, além de problemas nas válvulas cardíacas, e aguarda, desde o nascimento, por uma cirurgia. Até agora, no entanto, não há previsão para que o procedimento seja realizado.

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