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Em estado grave após sofrer AVC, paciente aguarda leito de UTI no DF

Marlene Xavier de Lima está no Hospital Regional de Planaltina. Apesar de decisão judicial favorável, segue na fila por vaga

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A comerciante Marlene Xavier de Lima, 53 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no dia 13 de fevereiro deste ano, data do seu aniversário. Levada às pressas ao Hospital Regional de Planaltina pelo único filho, está em estado grave e enfrenta uma fila de espera na rede pública. Apesar de decisão judicial favorável, a mulher ainda não conseguiu ser transferida para unidade de terapia intensiva (UTI).

Familiares relataram que ela já havia sofrido um AVC no começo do ano. Ela teria ficado com dificuldade para movimentar parte do rosto, mas não teve maiores complicações. No entanto, na madrugada do dia 13, queixou-se de fortes dores na nuca e nas pernas. O empresário Thiago Lima, 24, filho da comerciante, foi quem a socorreu. Quando chegaram ao hospital, Marlene estava desmaiada.

No mesmo dia da internação, os parentes procuraram a Defensoria Pública. Uma decisão judicial determinou que ela fosse transferida em 24 horas, o que não aconteceu.

Thiago conta que, em 16 de fevereiro, os médicos chegaram a atestar morte cerebral. Porém, um dia depois, após outra visita da família, os enfermeiros afirmaram que Marlene dava sinais de vida.

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“O médico disse que ela teve morte cerebral e o laudo não tinha prescrito, pois nem todos os exames haviam sido feitos”, relata. A angústia do rapaz é ainda maior pelo fato de seu pai, há seis anos, ter falecido em consequência de falta de leito no hospital.

A sobrinha de Marlene, a assistente administrativa Cibélia Xavier, 33, compartilha da revolta. “Estamos de mãos atadas e correndo contra o tempo. Não sabemos mais o que fazer. Ela precisa urgentemente da UTI. É um descaso total, enquanto o próprio hospital se contradiz.”

Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde (SES-DF) esclareceu, por meio de nota, que a vaga de UTI para a paciente foi solicitada assim que ela foi internada no Hospital Regional de Planaltina. Segundo a pasta, Marlene recebe todos os cuidados necessários enquanto aguarda a transferência e é avaliada diariamente pela equipe médica.

“A Secretaria de Saúde esclarece que a vacância do leito ocorre mediante alta por melhora clínica, óbito ou transferência de estabelecimento de saúde dos pacientes que já os ocupavam previamente. O encaminhamento dos pacientes leva em consideração a prioridade clínica – casos mais graves são priorizados”, completou a pasta. “A SES está trabalhando para atender a demanda o mais rápido possível”, acrescentou a equipe da secretaria.

Na manhã desta segunda (18/2), a comerciante foi encaminhada ao Hospital de Base para a realização de exames.

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