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DF registra aumento no número de mortes causadas pela dengue

Em 2014, foram 18 óbitos, contra 26 no ano passado. Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde aponta que a situação é preocupante especialmente em Planaltina e em Sobradinho II

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
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1 de 1 dengue - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou, na noite desta quarta-feira (6/1), o boletim epidemiológico da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus de 2015. Apesar da quantidade de casos notificados e confirmados de dengue ter diminuído no ano passado em relação a 2014, o número de mortes aumentou. Em 2015, foram 26 óbitos, contra 18 em 2014. Outro dado alarmante é que 11 regiões administrativas se encontravam em situação de epidemia na última semana de dezembro.

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São elas: Brazlândia, Fercal, Gama, Lago Sul, Paranoá, Planaltina, São Sebastião, Estrutural, Sobradinho, Sobradinho II e Varjão. O alerta maior vai para os moradores de Planaltina e de Sobradinho II. As duas localidades tiveram a maior incidência da dengue, respondendo por 3.769 dos casos, o que corresponde a 39% de todas as ocorrências de 2015. As taxas da doença no Guará e no Itapoã também são preocupantes. Os índices estão na faixa limítrofe para a epidemia.

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O doutor em medicina tropical Pedro Luiz Tauil explica que o aumento de mortes na capital está relacionado ao desenvolvimento das infecções sequenciais da doença, aquelas referentes aos sorotipos 3 e 4. De acordo com Tauil, quando a pessoa é infectada por essas variações do vírus, há um risco maior de desenvolver hemorragia. O pesquisador ressalta, contudo, que a recente aprovação no Brasil de uma vacina representa um grande avanço na luta contra a dengue. “A vacina terá uma maior eficácia nos casos graves, aqueles que mais matam. Assim, o número de óbitos no país poderá diminuir.”

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Multa
Para tentar controlar esse cenário, o Governo do DF prepara um decreto para punir com rigor pessoas físicas e empresas que não colaborarem na guerra contra o Aedes aegypti, transmissor das doenças apontadas pelo boletim. A medida prevê multa de até R$ 2 milhões para quem mantiver locais com água parada, favoráveis à procriação do mosquito.

Além disso, o GDF mobiliza, desde o fim do ano passado, uma força-tarefa para combater os focos do mosquito. A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e até o Exército trabalham para eliminar a proliferação do Aedes aegypti. A meta é visitar todas as residências do DF até 31 de janeiro.

Chikungunya
Com relação à febre Chikungunya, em 2015, a Secretaria de Saúde contabilizou 193 casos suspeitos. Desses, 153 foram descartados e 14 confirmados em residentes do DF que se deslocaram para outros países e unidades da Federação, até 15 dias antes do início dos sintomas. Houve o registro de 11 casos “importados”, dois deles provenientes do Suriname e do Panamá, e nove de outros estados brasileiros.

Zika vírus
No DF, no ano passado, foram registrados 14 casos suspeitos de infecção pelo zika vírus, sendo cinco descartados e sete inconclusivos. As duas confirmações ocorreram em julho de 2015 e são de residentes do DF que estiveram em Salvador e em Teresina.

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