DF não atinge meta de imunização em nenhuma vacina do calendário infantil
Dados da Secretaria de Saúde, para os 4 primeiros meses de 2020, revelam que adesão máxima foi de 77,7% do público alvo
atualizado
Compartilhar notícia
Disponibilizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), os Indicadores de Imunização do primeiro quadrimestre de 2020 revelam que o DF não cumpriu a meta de vacinação para nenhuma das 11 vacinas previstas no calendário de imunização da rede pública de saúde.
Com objetivo de imunizar 95% do público alvo, a vacina que apresentou a maior adesão foi a da hepatite B, com 77,7%. Já a tetra viral, que protege contra difteria, tétano, coqueluche e meningite, teve adesão de apenas 62,3% da população, ficando com o pior desempenho.
Na média, a adesão às 11 vacinas foi de 69%, bem inferior ao desempenho apresentado no mesmo período de 2019, com média de 90,8%. Para a Secretaria de Saúde, a baixa procura se dá por causa da pandemia do novo coronavírus. Em busca de uma solução, a pasta prolongou algumas campanhas, como as do sarampo e do vírus Influenza.
Neste ano, houve a adoção de novos protocolos de segurança e prevenção nos locais de aplicação das vacinas. A enfermeira Fernanda Ledes, servidora da área de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, ressalta que “o locais de vacinação estão separados do atendimento a demais pessoas, especialmente dos sintomáticos respiratórios”, além do uso de máscara e distanciamento social.
Pediatra neonatologista e gerente médica da Maternidade de Brasília, Sandi Sato enfatiza a importância das vacinas. “No contexto de população, a gente garante a diminuição de doenças a toda à comunidade e até erradicação, como a varíola”.
Contudo, a falta de imunização pode trazer de volta enfermidades uma vez já erradicadas. “O sarampo chegou a ser erradicado no Brasil, porém com o movimento antivacina e diminuição da vacinação, vimos o ressurgimento da doença”, alerta.
UBSs
A preocupação na prorrogação da campanha de vacinação da gripe é imunizar o maior número de pessoas e diminuir os casos de influenza causados pelos vírus das três cepas que constituem a vacina, que são Influenza A H1N1, H3N2 e B.
No DF, foram disponibilizadas 961.920 doses para todas as salas de vacina, desde o início da campanha que começou em março. No último dia 31 de agosto, a Rede de Frio que armazena as vacinas para distribuição na rede possuía 21 mil doses que serão distribuídas conforme a necessidade de cada unidade.
Sarampo
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo também foi estendida em todo o país, até o dia 31 de outubro. O público-alvo são os adultos de 20 a 49 anos, que podem tomar a dose extra da vacina tríplice viral mesmo que já a tenha recebido anteriormente.
A medida é necessária para eliminar a circulação do sarampo no Brasil, pois a principal medida de prevenção e controle da doença é a vacina.
No Distrito Federal, ela está disponível na rotina das Salas de Vacina, nas unidades básicas de saúde (UBSs). Por isso, a Secretaria de Saúde tem alertado o público-alvo sobre a importância de buscar pela vacinação, mesmo com a pandemia da Covid-19.