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DF entra em alerta por infestação de larvas do mosquito da dengue

O armazenamento de água para consumo humano continua sendo o depósito predominante de larvas, segundo a Secretaria de Saúde

atualizado

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Mobilização contra o mosquito da dengue
1 de 1 Mobilização contra o mosquito da dengue - Foto: Metrópoles/

O Distrito Federal está em estado de alerta em relação à presença de larvas do mosquito transmissor da dengue em recipientes. O índice de infestação predial (IIP) ficou em 1,45% em maio deste ano, o que representa aumento de 0,83% em relação ao levantamento de fevereiro de 2018.

O armazenamento de água para consumo humano continua sendo o depósito predominante de larvas. Por estarem em ambiente urbano e dentro das residências, representam locais favoráveis para o vetor, permitindo o desenvolvimento do mosquito em qualquer estação do ano.

“Em fevereiro do ano passado, não tinha o vírus circulante. Além disso, 1,45% quer dizer presença de larvas, e elas não transmitem doenças, ao contrário do mosquito adulto. Ou seja, as ações serão concentradas nos depósitos de água. Vamos direcionar todos os trabalhos de educação para a população eliminar essas larvas, evitando que virem mosquitos”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Vallero.

O dado faz parte do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa)​ deste ano, publicado trimestralmente pela Secretaria de Saúde. “A expectativa da Secretaria de Saúde é a de que, com a diminuição da densidade pluviométrica, a queda das temperaturas e a intensificação das atividades de campo, o índice populacional larvário de 1,45% baixe para 1%. Com isso, não haveria áreas com probabilidade de novos casos”, ressaltou Vallero.

Pela amostragem, foram pesquisados 26.624 estabelecimentos, nas 31 regiões administrativas do DF. No levantamento, localizaram 385 imóveis positivos e 468 depósitos com larvas. A presença de larvas de Aedes aegypti em um recipiente, como um tambor para armazenamento de água ou um prato de vaso de planta, torna o objeto um depósito positivo. Consequentemente, o imóvel também é considerado positivo.

Infestação

Ao todo, 23 regiões administrativas apareceram com sinal de alerta, com índice entre 1,07% e 3,87% de infestação predial. A Região de Saúde Norte, que engloba Sobradinho e Planaltina, apresentou o maior IIP (2,55%). Por sua vez, a Região de Saúde Oeste, que abrange Ceilândia e Brazlândia, apresentou o menor índice de infestação predial (0,83%) no levantamento.

O LIRAa é uma metodologia que permite o conhecimento, de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas do Aedes aegypti.

A Secretaria de Saúde destaca que a população, ao lado de políticas públicas, também é responsável pelas ações de combate ao mosquito. São exemplos de atitudes que devem ser tomadas: os locais escolhidos para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão; os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena ou tecidos de tramas fechadas, de maneira a evitar o acesso do mosquito; as caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.

Mortes por dengue

A Secretaria de Saúde divulgou, nessa segunda-feira (03/06/2019), novo Boletim Epidemiológico de Dengue, que abrange os dias entre 19 e 25 de maio. No acumulado do ano, foram 24.662 casos notificados, dos quais 23.969 (97,2%) são de pessoas residentes no Distrito Federal. Desses registros, 21.441 (89,4%) estavam classificados como casos prováveis. Até agora, 21 óbitos causados pelo mosquito Aedes aegypti no DF foram confirmados, e outras cinco mortes estão sendo investigadas.

A Região de Saúde Leste (Itapoã, Paranoá e São Sebastião) continua registrando o maior número de casos prováveis entre todas as regiões do DF, com 4.595 casos prováveis acumulados neste ano. Em seguida estão as regiões de Saúde Norte (Fercal, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho II), com 4.346 (20,3%) casos prováveis, e Sudoeste (Recanto das Emas, Samambaia e Taguatinga), com 3.827 (17,8%) casos prováveis.

A Região de Saúde Norte apresenta o maior número de óbitos: 28,6% do total do DF. Os exames apontam que a dengue tipo II ainda é a predominante, totalizando 73% das amostras analisadas por biologia molecular e detectada em moradores de todas as regiões de saúde.

Secretaria de Saúde recomenda que, diante de suspeita de dengue, o primeiro local a se procurar é uma unidade básica de saúde (UBS). Os sintomas são febre, dores de cabeça, atrás dos olhos, nas juntas e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo.

Em maio, foram distribuídos 12 mil kits para identificação do vírus na rede pública, entre testes rápidos e os sorológicos, e em junho outros 22 mil devem abastecer todas as regiões.

No último dia 25 de maio, o Governo do Distrito Federal lançou força-tarefa para tratar pacientes com suspeita da doença. Seis centros específicos fazem atendimento para agir de forma emergencial sobre o principal fator de atenção imediata: a hidratação.

Varjão, Candangolândia, Itapoã, Planaltina, Estrutural e Sobradinho II estão recebendo as estruturas de Hospital de Campanha. Três ambulâncias foram disponibilizadas pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF) para transportar pacientes mais graves.

Os centros funcionarão todos os dias da semana, das 7h às 19h. Depois de três semanas, os pacientes serão atendidos nos hospitais. As administrações regionais também estão envolvidas, dando suporte operacional nas cidades. (Com informações da Secretaria de Saúde)

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