DF confirma a primeira morte por febre amarela em 2017
A vítima é um pedreiro de 40 anos, que veio de Minas Gerais e desembarcou em Brasília na última segunda-feira (16/1)
atualizado
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A Secretaria de Saúde convocou, na tarde desta quinta-feira, (19/1), uma entrevista coletiva para divulgar o primeiro caso de morte por febre amarela registrado no Distrito Federal em 2017. Trata-se de um pedreiro de 40 anos, que chegou à capital na segunda-feira (16), vindo da cidade mineira de Januária. Ele veio de ônibus e já teria desembarcado em Brasília com os primeiros sintomas da doença.
Como a secretaria acredita que o homem foi contaminado em Minas Gerais, pede para que a população não entre em pânico. “No entanto, é muito importante que as pessoas sejam vacinadas. Principalmente quem vai para as regiões onde estão registrados mais casos da doença, como Espírito Santo e Minas Gerais”, disse o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.
O pedreiro, segundo a secretaria, recebeu os primeiros atendimentos na UPA e, como estava tendo convulsão e apresentou insuficiência hepática, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus, no Cruzeiro.
De acordo com a secretaria, a última morte por febre amarela no DF foi em 2009, também de caso importado, ou seja, de uma pessoa que veio de outro estado para Brasília. Humberto Fonseca disse que há um estoque nos postos de saúde do DF de 10 mil doses da vacina contra a doença e foram solicitadas mais 30 mil ao Ministério da Saúde.
O secretário informou que alguns postos estão sendo reabastecidos. Ao todo, são 123 locais de vacinação em todo o DF. E Fonseca faz um outro alerta: quem tiver com os sintomas da doença (febre alta, náusea, dor de cabeça), deve procurar qualquer unidade de saúde.
Minas Gerais, o estado de origem do pedreiro, tem uma das situações que mais preocupam as autoridades sanitárias. Esta semana, o Ministério da Saúde confirmou oito mortes em Minas.
O que é
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração e gravidade variável, causada por um arbovírus que é transmitido por artrópodes. As taxas de letalidade da doença variam de 5% a 50%.
No continente americano, a patologia apresenta dois ciclos de transmissão: o urbano e o silvestre. No ciclo de transmissão silvestre, o macaco é o principal hospedeiro do vírus e os vetores são principalmente espécies silvestres de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já no ciclo urbano, o ser humano é o principal hospedeiro e o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor envolvido no ciclo de transmissão.