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Deu zika. Saúde registra dois casos da doença no DF e declara guerra ao Aedes aegypti

Doença também é transmitida pelo mosquito da dengue. Pacientes contraíram vírus no Nordeste, mas governo admite risco de contaminação

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1 de 1 78ca70d4-32e1-460a-b901-4b6ac5b68c64 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A febre chikungunya e a zika entraram no radar da Secretaria de Saúde. As doenças, também causadas pelo mosquito Aedes aegypti, colocaram as autoridades brasilienses em alerta, já que pela primeira vez foram confirmados dois casos da zika no Distrito Federal. Embora importados de outros estados, o governo reconhece que é uma questão de tempo a propagação do vírus em território brasiliense, a exemplo do que vem ocorrendo no restante do país.

Segundo Ailton Domício da Silva, chefe de Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção da Dengue (Amisden), o risco de contaminação dos brasilienses existe e merece atenção. “As pessoas viajam e podem, sim, trazer a doença e disseminá-la aqui”, reconhece.

A zika não mata. Mas em alguns estados do Nordeste, onde a doença já virou epidemia, as autoridades médicas investigam uma possível relação dos casos com o aparecimento de uma síndrome rara, a Guillain Barré. A doença é uma reação do organismo a infecções causadas por vírus ou bactérias e ataca o sistema nervoso, provocando paralisia, inclusive respiratória.

A Secretaria de Saúde não informou em que regiões administrativas moram os dois contaminados pela zika, mas destaca que eles provavelmente foram infectados em Salvador (BA) e Teresina (PI). Outros 10 casos suspeitos foram investigados, mas não confirmados.

Sintomas
De acordo com a secretaria, a febre causada pelo zika vírus é uma doença tropical, de evolução benigna. O principal sintoma da doença são erupções cutâneas com pontos brancos ou vermelhos, que coçam muito. Os pacientes também têm febre baixa, dor no corpo e olhos vermelhos. Os sinais são parecidos com os da rubéola.

A preocupação com a chikungunya não é menor. Este ano, foram registrados no DF 220 casos suspeitos, dos quais 13 foram confirmados, sendo dois com infecção dentro do próprio DF. Os sintomas da doença são mais semelhantes ainda aos da dengue: febre, dores pelo corpo, moleza, vermelhão na pele e dores fortes nas articulações.

Força-tarefa
Com esses dados em mãos, a secretaria lançou nesta terça-feira (10/11), uma força-tarefa (foto) para reduzir os focos do mosquito no DF. Além de evitar a propagação dessas novas doenças, o objetivo é reduzir os casos de dengue. A ação começará no Itapoã e depois passará por todas as regiões administrativas.

Este ano, até 3 de novembro, foram registrados 12.139 suspeitas da doença na capital federal, sendo 10.862 confirmados. Em relação a 2014, os números estão em queda (-20,77%). Mas com o fim da seca e o início do período chuvoso, a ordem é não relaxar na caça ao mosquito. Em 2015, a dengue tirou a vida de 23 brasilienses.

Ao lançar a força-tarefa, o secretário de Saúde, Fábio Gondim, destacou a ação conjunta de vários órgãos do governo no combate ao mosquito, com a ajuda do Exército, mas conclamou a comunidade a ajudar na prevenção da doença, eliminando os locais aonde Aedes aegypti se reproduz. “É uma tarefa de todos nós”, afirmou.

Dicas para espantar o mosquito da dengue:

  • Deixe a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada
  • Mantenha ralos limpos e com telas
  • Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo
  • Troque a água por areia nos pratos dos vasos de planta
  • Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada
  • Não deixe a água da chuva acumular e ficar parada
  • Coloque cloro nas piscinas

 

 

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