Dengue já matou 13 pessoas no DF este ano e 14 grávidas foram contaminadas pelo zika
Ministério da Saúde confirmou dois casos de microcefalia em bebês que nasceram na capital do país associados ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes
atualizado
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O mosquito está vencendo a guerra no Distrito Federal. Os registros das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti não param de crescer. Em apenas uma semana, a Secretaria de Saúde confirmou 1.116 novos casos de dengue na cidade, que apenas este ano, até 14 de março, contabilizou 7.146 registros, o que representa um número quase cinco vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2015. Em 2016, 13 pessoas já morreram vítimas da dengue. Já o zika vírus contaminou 30 pessoas, sendo 14 mulheres grávidas. De acordo com o Ministério da Saúde, dois casos de microcefalia em bebês associados ao zika foram registrados na capital do país e 10 estão em investigação.
Os dados mostram que apesar de todos os esforços realizados pela força-tarefa de combate ao mosquito, não há trégua nas estatíticas. Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga e São Sebastião são as regiões administrativas com maior número de casos de dengue confirmados. Os registros de febre chikungunya também estão em alta. São 328 notificações até 14 de março, com 26 casos confirmados.Desde que as ações da força-tarefa do Governo do DF contra o Aedes aegypti começaram em 14 de dezembro do ano passado, 850.048 imóveis passaram por inspeção em busca de possíveis focos de larva do mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Foram aproximadamente 9,8 mil residências vistoriadas diariamente nesse período, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Os trabalhos estão divididos em dois ciclos, com a visita e o retorno aos locais para intensificar o resultado. No primeiro, encerrado em 29 de fevereiro, foram 838.613 moradias. O segundo teve início em 1º de março e será concluído no dia 31. Até o momento, visitaram-se 11.435 residências.
A equipe das vistorias é formada por militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, e agentes da Vigilância Ambiental, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, vinculada à Secretaria de Saúde.
Outros órgãos também participam de ações de enfrentamento ao Aedes aegypti. O Serviço de Limpeza Urbana, por exemplo, recolhe materiais que podem contribuir para a proliferação do inseto, como galhos de árvores, pneus e outros entulhos.
Desde o início da força-tarefa até quarta-feira (9), o SLU recolheu 197.518,08 toneladas de lixo — o equivalente ao peso de 201.961 carros populares. Em dezembro, coletou 34.286,89 toneladas de resíduos; em janeiro, 68.016,62; e em março, 19.622,39. (Com informações da Agência Brasília)