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Cuidados em casa podem evitar acidentes com escorpiões

Neste ano, a Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde atendeu 918 chamados para identificação e captura dos bichos

atualizado

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Toninho Tavares/Agência Brasília
escorpião
1 de 1 escorpião - Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Com o aumento das chuvas no Distrito Federal, é preciso estar prevenido para evitar acidentes com escorpiões que procuram abrigo em residências para escapar das inundações no ambiente subterrâneo.

O fluxo de água no habitat natural pode fazer com que venham à superfície por meio de redes de esgoto e luz, o que possibilita o contato com as pessoas e o risco de acidentes.

“Eles costumam procurar abrigos escuros e úmidos e assim podem acabar em locais indevidos, como sapatos, roupas e frestas de sofá”, detalha o biólogo Israel Martins, da Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde – coordenação responsável pela inspeção em residências e captura dos aracnídeos.

Outro fator que provoca a evasão dos bichos para a superfície é o uso de inseticida, arma letal para o alimento dos escorpiões: as baratas. “Eles dificilmente morrem com a aplicação, mas se distanciam do local porque é irritante para eles”, explica Martins.

No DF, a espécie mais comum é a Tityus serrulatus, conhecida como escorpião-amarelo. Na área rural, há a incidência da Tityus fasciolatus, de patas rajadas, e do preto, Bothriurus araguayae.

Barreiras físicas são a principal medida preventiva
Quando recebem um chamado, as equipes tentam identificar as passagens usadas pelos animais e quais medidas preventivas podem ser tomadas para combater e evitar acidentes.

A principal estratégia, de acordo com o biólogo, é aumentar as barreiras físicas. “Colocar telas em janelas, tapar ralos e tomadas, e ficar atento a frestas e a acumulo de materiais de construção e outros entulhos”, orienta.

Neste ano, até 15 de dezembro, a Diretoria de Vigilância Ambiental atendeu 918 chamados de captura do aracnídeo em Brasília.

A região administrativa com maior número de chamados foi Planaltina, com 117 ocorrências, seguida de Asa Norte (115) e Ceilândia (90). O total de inspeções foi de 765 imóveis e, de animais capturados, 545 exemplares.

Quando a equipe captura o bicho peçonhento vivo, encaminha-o para o Instituto Butantan, em São Paulo, onde o veneno é removido e transformado em soro. Os exemplares que morrem antes desse processo são incinerados.

Ambientes com pessoas vulneráveis, como escolas, creches, hospitais e casas de repouso para idosos, são vistoriados frequentemente. “Crianças são mais suscetíveis por causa da relação entre o peso do corpo e a potência do veneno”, acrescenta.

O trabalho dos servidores também consiste em identificar a presença de vetores e outros elementos que possam transmitir doenças, como roedores e o mosquito Aedes aegypti.

Atendimento deve ser urgente em caso de picadas
De acordo levantamento da Secretaria de Saúde, 633 pessoas procuraram atendimento médico em Brasília devido a acidentes com escorpiões. Durante todo o ano de 2016, a rede pública recebeu 925 notificações de picada do bicho, contra 562 no anterior.

Caso uma pessoa seja picada, o socorro deve ser no máximo em uma hora. É comum sentir dor e formigamento no local da ferida.

O paciente deverá procurar atendimento emergencial em clínica médica nos hospitais da rede pública. No DF, somente o Hospital de Base não está apto a receber vítimas de picada de escorpião.

Quem encontrar algum animal peçonhento deverá entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo número da Ouvidoria da Saúde: 160

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