metropoles.com

Covid-19: não vacinados são maioria em leitos de hospitais de campanha

Na unidade de Ceilândia, por exemplo, quase 80 % dos leitos estão ocupados por pacientes não imunizados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
vacina é colocada em seringa covid 19
1 de 1 vacina é colocada em seringa covid 19 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A maioria dos leitos em hospitais de campanha disponíveis para pacientes com a Covid-19 no Distrito Federal estão ocupados por pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina contra a doença.

Levantamento realizado pela equipe do hospital de campanha de Ceilândia, por exemplo, mostra que quase 80 % dos leitos estão ocupados por pacientes não imunizados. Nos hospitais de campanha do Autódromo e do Gama, nos 15 primeiros dias de outubro, dos 54 pacientes internados ou que já receberam alta no período, 58,48% não tomaram vacina. Apenas 5,66% receberam a primeira dose da vacina e 37,74% as duas doses ou a aplicação única.

Para o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, a vacina reduz o agravamento de casos e de óbitos. “Fazemos o apelo para quem está apto a receber a segunda dose, que procure o ponto de vacina. Só com as duas doses a pessoa é considerada imunizada”, ressalta o diretor.

Ceilândia

De acordo com o que foi observado pela equipe da unidade de Ceilândia desde o início das atividades, em 25 de maio deste ano, dos 406 pacientes que passaram pelo hospital durante o período, 31 foram vacinados com a primeira dose e 51 receberam duas doses ou dose única. Os demais não tinham sido vacinados.

“Esse número é significativo e expressivo para indicar que pessoas que não se imunizaram estão adoecendo e apresentando um quadro que requer hospitalização muito maior do que as que tomaram pelo menos uma dose da vacina”, afirma Fabiano dos Anjos.

O monitoramento dos óbitos pela Covid-19 em pacientes internados na mesma unidade revela que dos 226 pacientes que faleceram, 73,9% não tinham recebido ao menos uma dose. Desses, 19,5% receberam as duas doses e 6,6% apenas uma aplicação.

Campanha de vacinação

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, a campanha de vacinação contra a Covid-19 atinge toda a população acima dos 12 anos. Foram aplicadas mais de 3,8 milhões de doses no DF, sendo que mais de 2,2 milhões de pessoas receberam pelo menos a primeira dose.

O pedido da Secretaria de Saúde, agora, é que a população complete o ciclo vacinal. Pessoas com a segunda dose da AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech marcadas para até o dia 5 de novembro já podem se vacinar.

A secretaria destaca que o Vacinômetro traz a preocupação com quem não procurou um ponto de vacinação até agora, sobretudo para quem tem entre 30 e 44 anos de idade.

Apesar de já estarem aptos a receber a primeira dose do imunizante desde julho, este público tem um índice de pessoas com a primeira dose aplicada inferior ao registrado por aqueles que têm de 18 a 29 anos, por exemplo. Abaixo dos 45 anos, todas as faixas etárias têm mais de 10% de ausência. Entre as pessoas de 30 a 34 anos, os faltosos são cerca de 24%.

O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, ressalta a importância da vacinação e lembra que o ritmo de liberação de novas doses depende do envio de doses pelo Ministério da Saúde, mas que “isso vem acontecendo com maior frequência e com maior regularidade”

A expectativa é de que, até o fim do ano, o Distrito Federal consiga completar a imunização contra a Covid-19.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?