Contra o sarampo, Saúde convoca população a atualizar cartão de vacina
A meta é realizar a prevenção em 95% da população de risco na capital do país até o fim de 2019
atualizado
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O surto de sarampo que começou no Norte do país e já alcançou São Paulo motivou a Secretaria de Saúde do Distrito Federal a reforçar os avisos à população para que atualizem seus cartões de vacina. Conforme a pasta, nenhum caso da doença viral foi registrado com origem em Brasília desde 1999, mas todo cuidado é pouco.
“De janeiro a julho deste ano, foram notificados 30 suspeitas de sarampo, mas não há nenhum caso confirmado”, informou a técnica da subsecretaria de Vigilância à Saúde, Rosa Maria Mossri. “Em 2011, 2013 e 2018, tivemos casos importados, de pessoas que contraíram em outro lugar e vieram para cá. A maioria da população tem dose da tríplice viral relativa ao começo da década de 1990 e quem tem até 50 anos deveria tomar uma dose de reforço”, alerta.
Segundo ela, atualmente são administradas uma dose da tríplice viral para crianças de 1 ano e uma dose da tetraviral para crianças de 15 meses. Nesses grupos etários, as taxas de imunização estão em 84% e 83%, respectivamente. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é realizar a prevenção em 95% de ambas as faixas no DF até o fim de 2019.
Rosa Maria explica que a vacina tetraviral é uma novidade implementada no programa federal há cerca de cinco anos. Jovens com idade até 29 anos, portanto, devem ter tomado uma dose da tríplice viral que não resolve a imunização em 100%. Para esse público, a recomendação é ficar de olho no cartão de vacina. Os cidadãos de 30 a 40 anos precisam estar atentos a todas as etapas da vacinação.
Controle
Em São Paulo, segundo o boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde, já foram registrados mais de 600 casos do começo do ano a julho e a situação já é tratada como surto. Por ser uma doença viral de simples transmissão, com possibilidade de contágio até pela respiração, o Governo do DF teme a migração do vírus para Brasília.
“Temos investigado passageiros que moram no DF também. Temos ligado, passado mensagem e buscado informações sobre o cartão de vacina dessas pessoas”, assegura Rosa Maria. Segundo ela, São Paulo já emprega ações de bloqueio e o momento é de aguardar o comportamento do vírus nos próximos boletins.