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Clínica psicológica diz que homossexualidade é problema e revolta pais

Casal levou filha para atendimento em Taguatinga e se deparou com a seguinte pergunta: “Há familiares com problemas de homossexualismo?”

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O assessor político Eduardo Zanata, 31 anos, fez uma postagem no Facebook nesta segunda-feira (16/1) que viralizou. Pais de uma menina de 8 anos, ele e a esposa procuraram a Clínica de Orientação Psicopedagógica (COPP), em Taguatinga, em busca de atendimento para a filha.  No entanto, duas perguntas que estavam em um formulário entregue pela psicóloga que faria o tratamento revoltaram os pais.

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Formulário revoltou os pais da criança

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No documento (imagens acima), a clínica questiona se o paciente a ser tratado tem “identificação sexual adequada” e se “há familiares com problemas de homossexualismo”. Na manhã desta terça-feira (17), a clínica postou uma nota de esclarecimento afirmando que houve uma troca de formulários e que o documento entregue a Eduardo seria antigo, de 10 anos atrás. No entanto, a justificativa não convenceu os pais da criança.

“Eu realmente acho que pode ter havido uma troca. Quando fomos lá, a secretária estava de férias e foi a própria psicóloga que imprimiu o formulário. Mas, mesmo que tenha havido a troca, vale lembrar que desde 1985 o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar homossexualidade como doença e a Organização Mundial de Saúde, desde 1990. Se o formulário é de 10 anos, seria 2007”, disse o assessor, que mora no Guará.

Na nota de esclarecimento, a clínica diz: “Ao contrário do que fora noticiado, a COPP repudia veementemente qualquer tipo de intolerância, preconceito, discriminação, assédio, LGBTIfobia, religiosa ou de qualquer natureza. Cabe-nos informar que tal fato é isolado e que tomamos as providências necessárias”.

Depois do ocorrido, os pais da garota decidiram que vão procurar outra clínica para o tratamento da criança. “Nós consideramos que todas as formas de amor valem a pena e é isso que passamos para os nossos filhos. Eu não me sinto à vontade para voltar lá. Não estou questionando o mérito do atendimento psicológico, mas isso demonstra no mínimo uma displicência grave”, afirmou o pai.

Imagine se uma pessoa homossexual com problemas psicológicos procura a clínica e se depara com essas perguntas. Isso pode ter um impacto fatal na vida dela. Esse pessoal precisa ser mais cuidadoso 

Eduardo Zanata, pai da criança

O Metrópoles procurou a clínica que, até a publicação desta reportagem, não quis se pronunciar. Já o Conselho Regional de Psicologia (CRP) afirmou que já recebeu a denúncia e que vai investigar o caso. “O psicólogo não pode contribuir na questão do preconceito e sim contribuir na superação e na aceitação. Vale lembrar que há muito tempo a homossexualidade não é vista como uma doença ou distúrbio”, afirmou Andreza Sorrentino, conselheira do CRP.

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