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Casos confirmados de dengue crescem 113% em uma semana no DF

Entre 25 de janeiro e 2 de fevereiro, casos subiram de 562 para 1.198. Brazlândia segue como campeã de ocorrências, e até o Exército foi acionado hoje para entrar em imóveis abandonados e achar focos do Aedes aegypti

atualizado

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Matheus Oliveira/Agência Saúde
dengue, secretaria de saúde
1 de 1 dengue, secretaria de saúde - Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde

Apesar dos esforços no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, os casos de dengue no Distrito Federal não param de aumentar. Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (3/2), houve aumento de 113,16% entre 25 de janeiro e 2 de fevereiro. Há uma semana, foram 562 confirmações. Agora, são 1.198 entre residentes no DF (1.073) e de outras unidades da Federação (125) — boa parte do Entorno.

SES-DF/Divulgação

É expressivo o aumento no total de casos confirmados no DF de pacientes residentes em outras localidades (420,83%) em relação ao mesmo período de 2015. Os municípios goianos de Águas Lindas de Goiás, Luziânia, Padre Bernardo e Santo Antônio do Descoberto são os municípios com maior número de registros.

Uma morte
Segundo a Secretaria de Saúde, há dois casos graves — de um residente do DF e de uma pessoa de outro estado — e um óbito, de Maria Cristina Natal Santana, cunhada do vice-governador, Renato Santana, que morreu de dengue hemorrágica.

Brazlândia, São Sebastião, Planaltina e Ceilândia são as regiões administrativas com maior número de casos, respondendo por 603 — um percentual de 56% do total. Brazlândia ainda é a localidade com maior incidência da doença, representando 28% do total registrado. Foi lá que Maria Cristina morreu, após ser internada no hospital regional.

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Chikungunya
De 1° de janeiro a 2 de fevereiro, a Secretaria de Saúde registrou 29 casos suspeitos e cinco confirmados de febre chikungunya. Dos suspeitos, 22 (76%) se referem a residentes no Distrito Federal e sete (24%) de Santo Antônio do Descoberto (GO). Todas as confirmações são de residentes locais.  

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Zika
No período analisado, foram 41 casos suspeitos de febre pelo vírus zika, dos quais 36 (88%) residem no Distrito Federal e cinco (12%) em outras unidades da Federação. Entre os cinco casos confirmados, três são de residentes do Distrito Federal. Os dois restantes são de moradores de Luziânia (GO) e Santo Antônio do Descoberto (GO).

SES-DF/Divulgação

Matheus Oliveira/ Agência SaúdeCasas abandonadas e Forças Armadas
Casas abandonadas começaram a ser alvo da força-tarefa de combate ao Aedes aegypti em Brazlândia. O trabalho começou nesta quarta-feira (3), quando seis residências e construções foram abertas para a inspeção feita por agentes da vigilância, que receberam o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A ação está amparada por um alvará de autorização judicial, emitido em 13 de janeiro e válido até dezembro de 2016.

A operação contou também com a participação de 310 soldados da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, acompanhados por outros 17 agentes de vigilância ambiental, que estavam espalhados por diversos pontos de Brazlândia para realizar a inspeção aos domicílios com a presença do dono, bem como, combater o mosquito adulto com a dispersão de veneno no ar e aplicação de larvicida.

Nas casas abandonadas, há a dúvida se há ou não focos do mosquito, e uma residência fechada com foco contamina uma quadra inteira. Por isso, há necessidade de fazer esse trabalho, que é demorado e minucioso

Alessandro dos Santos, chefe da Vigilância Ambiental de Brazlândia

As residências abandonadas faziam parte da Vila São José e, em uma das casas, foi encontrado um foco de larvas que irá para análise laboratorial. Outra estava com mato muito alto e, para fazer a inspeção, a administração regional será acionada para limpar a área. Nas demais, foram retirados possíveis objetos que poderiam se tornar locais de reprodução do mosquito, como recipientes e latas que acumulavam água parada.

“Eu e minha mãe já tivemos dengue há pouco tempo. Nós cuidamos da nossa casa, mas se há um lote fechado que pode ter focos, o risco continua. Por isso, é importante que esse trabalho seja feito. Quem teve dengue uma vez não quer ter novamente”, disse a cabelereira Adriana Alves, 43 anos, que mora em frente a uma das casas que estavam fechadas, na Quadra 33 da Vila São José.

As ações continuam até o fim da semana em Brazlândia com a participação dos agentes de vigilância ambiental, Corpo de Bombeiros e Forças Armadas.

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A doença aumentou 22% no DF

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Com informações da Secretaria de Saúde

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