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Casa abandonada no Lago Sul desde 2003 pode ser criadouro de mosquito da dengue

Vizinhos foram diagnosticados com dengue. Diversas denúncias foram feitas, mas situação não mudou. Mato alto e piscina suja podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti

atualizado

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Arquivo pessoal
casa abandonada
1 de 1 casa abandonada - Foto: Arquivo pessoal

Os casos de dengue confirmados até 24 de fevereiro de 2016 no Distrito Federal aumentaram 352,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. E a família do analista de sistemas Kleuber Matta está nesta estatística. O filho e a esposa foram diagnosticados com a doença há uma semana. Ele desconfia que os insetos vieram de uma casa vizinha, abandona desde 2003 e que demonstra ser um verdadeiro criadouro de Aedes aegypti. Apesar de ter feito inúmeras denúncias, até o momento nenhuma providência foi tomada.

Desde agosto 2015, Kleuber (45) vem comunicando à Administração Regional do Lago Sul sobre a situação em que encontra a casa vizinha a dele, localizada na QI 27 do Lago Sul. O filho dele, de 19 anos, foi diagnosticado com dengue e não pode participar das primeiras aulas na faculdade. Para piorar a situação, a esposa, que deu à luz ao filho caçula há oito dias, também está doente. “Nós saímos da maternidade e dois dias depois, foi confirmada a doença”, conta. Durante a gravidez, ele conta que a esposa usava muito repelente e roupas compridas. O bebê nasceu saudável.

Segundo Matta, a casa foi abandonada pelas proprietárias após a morte do pai da família, em 2003. “Já houve invasões. Inclusive, um traficante de drogas foi preso enquanto entrava pelo telhado”, diz. Os vizinhos afirmam que durante alguns anos uma pessoa fazia a limpeza do local, mas o serviço deixou de ser realizado há algum tempo.

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Mato alto na casa vizinha
Lixo acumulado
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A piscina está abandonada

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Mato alto na casa vizinha

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Lixo acumulado

Arquivo pessoal

Uma oportunidade de reclamação formal apareceu quando Manoel Silva Neto, diretor da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, dava uma entrevista ao vivo em um programa de rádio em janeiro deste ano. Kleuber ligou e falou pessoalmente com o representante da Anvisa. “Ao vivo, ele disse que poderia cobrar dele, que uma equipe iria resolver o assunto. Liguei no 160 como pediu o diretor, mas o sistema automatizado está fora do ar”, conta. Após muito esforço, ele conseguiu com que uma atendente fizesse o registro. Um mês depois, nenhuma resposta foi dada.

Outra queixa do morador diz respeito à reclamação feita junto à Ouvidoria do Governo do Distrito Federal. Matta afirma que, mesmo com o número do protocolo, não é possível acompanhar o registro.

Serviço:
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disponibilizou números de telefone da vigilância ambiental.

Divulgação

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