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Buriti prorroga estado de emergência na Saúde do DF

Ato publicado no Diário Oficial do DF nesta segunda-feira (16/1) mantém estado emergencial por mais 180 dias

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
hospital de base
1 de 1 hospital de base - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O caos sem fim nas unidades de saúde do Distrito Federal teve um novo capítulo com a prorrogação do estado de emergência na Saúde. A publicação foi feita em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF), desta segunda-feira (16/1), e vale por mais 180 dias. A pasta argumentou que ainda não conseguiu resolver problemas de abastecimento e dívidas adquiridas ainda em 2014 pela gestão passada.

Com a medida, o GDF continua podendo adquirir medicamentos, próteses, insumos e equipamentos sem licitação, além de autorizar horas-extras, prorrogar contratos temporários e convocar servidores de outras áreas para reforçar o quadro da saúde.

Desde que assumiu o Executivo, em 1º de janeiro de 2015, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tem mantido a saúde nesse patamar. Por diversas vezes, inclusive, ele tem apontado que a solução para a Saúde do DF seria a implementação das organizações sociais (OSs), ao ponto de constantemente entrar em atrito com os deputados distritais.

A decisão desta segunda-feira foi criticada por Chico Vigilante (PT), que usou as  redes sociais para criticar o governo. “O Governo Rollemberg não conseguiu gerenciar o desespero estabelecido nas unidades de saúde do DF. Ao contrário, conseguiu piorar tudo e transformar a Saúde no Distrito Federal em sinônimo de caos e abandono.(…) O mais revoltante é que, mesmo mantendo a saúde pública em farrapos e necessitando de ação enérgica e urgente, o GDF mantem quase 600 milhões de reais do Fundo de Saúde retidos, sem movimentação”, atacou.

Segundo a subsecretária de Planejamento da Secretaria de Saúde, Leila Gottems, foram encontrados diversos “gargalos” na pasta que não foram resolvidos desde 2015, quando do primeiro decreto, como as dívidas ainda de 2014, que somam mais de R$ 400 milhões, o desabastecimento de materiais e insumos e a falta de profissionais.

“Fizemos uma avaliação , como ocorreu nas últimas vezes que foi feito o decreto, e embora tenhamos avançado precisamos reconhecer que o problema com a desassistência não estava solucionado. Encontramos diversos gargalos e vamos voltar a analisar entre junho e julho deste ano, quando o decreto vencerá”, justificou Gottems.

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