Brasília deve atender 100 mil crianças e jovens no dia D de vacinação
A Campanha Nacional de Multivacinação ocorre no país inteiro e, neste sábado, o Dia D, os postos de saúde estarão abertos para atender os que têm dificuldades de ir a esses locais durante a semana. Em Brasília a faixa etária foi ampliada para jovens até 19 anos
atualizado
Compartilhar notícia
O Distrito Federal espera atender neste sábado (24/9) 100 mil crianças e jovens nos postos de saúde para verificar se as vacinas estão em dia. A Campanha Nacional de Multivacinação ocorre no país inteiro e, neste sábado, o Dia D, os postos de saúde estarão abertos para atender os que têm dificuldades de ir a esses locais durante a semana. O público-alvo da mobilização nacional são crianças menores de 5 anos e crianças e adolescentes de 9 anos a 15 anos. Brasília ampliou essa faixa e atende aos jovens até os 19 anos.
“Devido ao surto de caxumba no DF, ampliamos a campanha para os 19 anos”, explica o secretário de Saúde, Humberto Fonseca. “O objetivo da campanha é completar os esquemas virais porque percebemos a reemergência de algumas doenças que estavam bem controladas em todo o Brasil, como coqueluche, caxumba, o sarampo. Para controlar essas doenças e evitar que elas voltem, o Brasil inteiro está mobilizado para fazer a imunização”, explica. A expectativa é que, ao final da campanha, o DF tenha atendido a 80% das crianças e jovens na faixa etária.
Os postos funcionam desde às 8h, mas foi perto da hora do almoço que o movimento se intensificou no Centro de Saúde 8, localizado na 514/515 da Asa Sul.
Igor Souza, 12 anos, foi ao posto com a família. “Vim tomar de febre amarela, pelo que vi aqui as outras estão todas em dia”, disse, mostrando o cartão de vacinação. Ele conta que a última vez que tomou vacina já faz um tempo. “Espero que não doa, já estou com medo de tomar essa nova vacina”.Ao lado, o irmão mais velho, Yan, 14 anos, dava coragem. “Vim atualizar aqui o cartão, participar da campanha”. Alguns minutos após chegarem, Igor deixou a sala de vacinação com a mão no braço: “Doeu muito”. Atrás, o irmão riu, “Não Doeu nada”.
A médica da Secretaria de Saúde Fabiana Mendes segurava a filha, Sofia, de 1 ano, no colo, chorando após tomar uma vacina Pneumocócica 10-valente. “Não dá muita reação, mas dói”, explica.
Houve também quem estava com a caderneta em dia e foi dispensado das gotinhas e picadas. Matheus, 9 anos, e Sophia, 3 anos, chegaram apenas até o balcão de atendimento. “Não precisou, está tudo certinho. Viemos porque às vezes aparece alguma vacina que não estava no calendário. Viemos para conferir”, diz a mãe, Carla Lopes, jornalista.
“O importante é as pessoas levarem a caderneta de vacinação para que a equipe avalie se a vacina está em dia”, reforça Teresa Segatto, diretora de Vigilancia Epidemiológica da Subsecretaria de Vigilância e Saúde. “Não se preocupe se levar o seu filho no posto de saúde com a caderneta e o seu filho não tomar vacina é porque o esquema está completo”, orienta.
A intenção era que quase todos os postos de saúde estivessem funcionando hoje, no entanto, muitas pessoas que foram a alguns desses locais se depararam com as portas fechadas. O administrador Alexandre Navarro é morador do Cruzeiro, mas teve que ir à Asa Sul para vacinar os três filhos. “Dois postos do Cruzeiro estavam fechados. Hoje, como é sábado, deveria ser um dia que está tudo aberto”.
Segundo o secretário de Saúde do DF, até a noite de ontem 106 postos integravam a lista da Secretaria dos que estariam abertos. No entanto, na manhã de hoje, até às 11h, 72 abriram as portas. A Secretaria de Saúde faz uma ronda para verificar o funcionamento e diz que o número pode aumentar ao longo do dia. “Durante a semana tem 123 abertos. Estamos mobilizando os postos, mas alguns infelizmente ficaram fechados por conta da dificuldade que tivemos ontem para liberação da folga em dobro [aos trabalhadores por cumprirem jornada no final de semana]”, justifica.