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Avó do bebê que nasceu morto após atendimento no HRC pede ajuda para enterrar neto

Ela disse que família não tem recursos para levar corpo da criança de Ceilândia para Águas Lindas, em Goiás

atualizado

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1 de 1 vovó - Foto: YouTube/Reprodução

Depois de percorrer o corredor do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) com o neto morto no colo à procura de uma explicação, Edna Maria Farias de Brito, 36 anos, agora anda pela cidade de Águas Lindas, em Goiás, batendo de comércio em comércio, pedindo ajuda para poder enterrar o bebê que nasceu morto. Segundo a mulher, a família não tem recursos para pagar o translado do corpo da criança, que custa R$ 180.

“É um sofrimento que não tem fim. Não recebi nenhuma ajuda do Governo do DF. Ninguém sequer me telefonou para prestar solidariedade”, reclama Edna. A avó disse ao Metrópoles que já conseguiu um pequeno caixão e que um comerciante doou uma roupinha para vestir o bebê: “Se não fosse os moradores de Águas Lindas não sei o que seria da gente. Quero um enterro digno para o meu neto”.

A história dela comoveu milhares de brasilienses e causou muita indignação. Na madrugada de domingo (31/1), Edna levou a filha de 20 anos, Lueny Krizânia Farias de Brito ao hospital. A jovem estava grávida de cinco meses e sentia muitas dores.

A gestante foi atendida e liberada em seguida. Uma hora depois, sofreu um aborto e a criança, de acordo com a avó, nasceu morta. Desesperada, a mulher retornou ao HRC com o bebê no colo. Um vídeo foi feito por uma pessoa que acompanhava uma paciente e repercutiu nas redes sociais.

Veja o vídeo:

“Levei minha filha para Ceilândia porque achava que o hospital de lá tinha mais estrutura que o daqui”, conta a avó, que decidiu acionar o GDF na Justiça. “Essas coisas não podem ocorrer e simplesmente não ter consequência para o governo”, argumenta.

Sem conter o choro, a avó reafirma que a filha foi atendida rapidamente no HRC. “A médica diz que escutou o coração do bebê, mas é mentira”, garante. Em entrevista no próprio domingo, a diretora do hospital, Talita Lemos Andrade, afirmou que a ginecologista que atendeu Lueny ouviu os batimentos da criança. Porém, um laudo preliminar revelou que o feto estava morto 24 horas antes de ser abortado pela mãe.

A Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar o que ocorreu e a Polícia Civil também vai investigar a morte do bebê.

Serviço:

  • Quem quiser ajudar Edna pode ligar para o telefone 9297-8564

 

 

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