Após um mês de espera, Alice consegue transferência para o ICDF
Menina nasceu com Tetralogia de Falltot e estava internada no Hmib à espera de uma vaga na UTI do instituto desde o dia 19 de maio
atualizado
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Após um mês de espera e pelo menos duas decisões judiciais, Alice finalmente conseguiu ser transferida para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Vítima de uma condição rara, a pequena estava internada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e esperava, desde o dia 19 de maio, por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade especializada em cirurgias cardíacas.
Diagnosticada com Tetralogia de Fallot, doença na qual o paciente apresenta quatro defeitos cardíacos observados logo após o nascimento, Alice passará por dois procedimentos cirúrgicos na unidade: um paliativo e outro de correção total.O Metrópoles acompanhou de perto a angústia da pequena e de sua mãe, Adrielle Divina Ribeiro, 22 anos. Para ela, descobrir que a tão aguardada transferência seria, enfim, providenciada foi “a melhor notícia que poderia receber”.
Por volta das 9h30 desta terça (19/6), ela recebeu a ligação da administração do Hmib informando que Alice tinha conseguido a concorrida vaga. “Tremia, chorava e não sabia como reagir. Pensei que não tinha acordado e ainda estava sonhando. Estou muito feliz”, conta.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), existem apenas oito leitos de UTI neopediátrica na unidade, quatro vezes menos que a demanda, e o instituto é o único local conveniado à pasta para realização de cirurgias cardíacas pediátricas.
Enquanto esperava pela vaga, a pequena chegou a desenvolver quadros graves. No dia 25 de maio, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e ficou sem sinais vitais por cinco segundos, mas foi reanimada. Já na última semana, teve febre alta, contraiu uma infecção e precisou ser dopada com morfina.