Após reportagem do Metrópoles, filha consegue UTI para o pai
Sem vagas em UTIs no Distrito Federal, a família procurou a Justiça e chegou a conseguir uma liminar que obrigava o Governo a encontrar uma para José Valdemir. Mesmo com o documento, a solução não aparecia
atualizado
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No sábado (27/8), o Metrópoles publicou o drama vivido por Carolina Moura, 29 anos, e toda a família. Há 15 dias, o pai dela, José Valdemir de Moura, 55 anos, caiu de uma rampa na casa da família, teve duas paradas cardiorrespiratórias e precisava de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mesmo com liminar da Justiça obrigando o governo a conseguir uma vaga, nada foi feito.
Neste domingo (28), por volta de 12h, a família recebeu a notícia que José Valdemir estava sendo transferido do Hospital Regional do Paranoá para o Hospital Regional de Santa Maria, onde havia uma vaga na UTI. De acordo com a filha de José, os diretores dos dois hospitais entraram em contato com o Samu para providenciar a ambulância diferenciada — só há duas no Distrito Federal, com médico e UTI — para fazer a transferência.“Acredito que a pressão da família, dos amigos e da reportagem conseguiu ajudar para que a gente tenha conseguido resolver a situação. Ele foi muito bem atendido pela equipe do Paranoá, que precisou se virar mesmo sem estrutura, mas é um alívio ver que ele finalmente está recebendo o tratamento que ele precisa”, desabafa Carolina.
Por volta das 18h, José chegou ao Hospital de Santa Maria. Quando questionada no sábado, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, por meio de nota, que iria se posicionar nesta segunda-feira (29/8).
Entenda o caso
Internando no Hospital Regional do Paranoá, José precisava de uma cirurgia no joelho, já que rompeu o tendão patelar. No entanto, ele ficou esperando pelo procedimento cirúrgico por 12 dias. Durante esse tempo, ele ficou vários dias em jejum e não se movimentou. Esses fatores pioraram o quadro de saúde de José, levando-o a uma embolia pulmonar.
José só respira com a ajuda de aparelhos e precisava urgentemente de tratamentos em uma UTI, só que não havia vagas em nenhum hospital do DF. Mesmo com uma liminar da Justiça obrigando o Governo a colocar José em uma UTI, a família não tinha conseguido resultados.