Após erro em conta, família espera depósito de R$ 6,6 mi para Kyara até 3ª
Enquanto aguarda o dinheiro, familiares da criança definem data e local para a aplicação do remédio
atualizado
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Após o erro nos dados bancários informados pela família de Kyara Lis ao Ministério da Saúde para o depósito de R$ 6.659.018,86, a nova expectativa é de que o dinheiro para pagar o remédio mais caro do mundo seja depositado até esta terça-feira (20/10). O pequeno atraso, no entanto, não preocupa os pais da garota, que já acertam os detalhes para a aplicação.
A família, em conjunto com os médicos, passou os últimos dias decidindo o hospital em que a medicação será ministrada. Ao longo da próxima semana, devem ser definidos data e local para a aplicação do Zolgensma, o único tratamento que tem a capacidade de reverter os efeitos da Atrofia Muscular Espinhal (AME).
Erro nos dados bancários
A transferência determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi feita na tarde de quinta-feira (15/10). Após a emissão da ordem bancária, no entanto, constatou-se um “erro material” no número da conta informada pela família.
“Foi um susto, mas logo entramos em contato com o Ministério da Saúde e vimos que era algo simples de resolver. Serviu para reforçar o tamanho da nossa luta”, disse a mãe da criança, Kayra Dantas, ao Metrópoles.
A decisão do STJ determinou, no último dia 6 de outubro, que o órgão federal complementasse a diferença para a aquisição do Zolgensma, avaliado em R$ 12 milhões. Poucos dias antes da manifestação do magistrado, a família da criança havia arrecadado o valor de R$ 5.340.981,14, por meio de rifas e doações.
No fim de setembro, o órgão federal chegou a informar que não poderia pagar pelo remédio, o qual utiliza terapia gênica para frear a doença degenerativa. Na prática, a fórmula pode ser usada em pacientes da doença com até 2 anos para inibir os avanços da perda de neurônios motores.
Pela decisão do magistrado, após a administração da terapia gênica, a família da criança deverá prestar contas para a Justiça, em até 30 dias, de todo o uso do dinheiro transferido pelo governo federal. A medida é para assegurar que o montante seja realmente destinado para os custos com o remédio, considerado o mais caro do mundo.