Alerta às mamães: plantas medicinais podem ser nocivas à amamentação
Secretaria de Saúde divulga lista de espécies que não devem ser ingeridas pelas mulheres que amamentam. A relação inclui boldo, carqueja e até alho
atualizado
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A Farmácia Viva, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, divulgou uma lista contendo 14 plantas medicinais contraindicadas para uso pelas mães que estejam no período de aleitamento materno. O chefe do órgão, Nilton Luiz Neto Júnior, conta as espécies são conhecidas por serem populares e de fácil acesso aos cidadãos por meio do comércio popular de ervas. Alho, arruda, babosa, boldo nacional, boldo baiano e carqueja são alguns dos tipos que compõem a relação.
“Esse levantamento não esgota o assunto de plantas nocivas à amamentação, pois esse é apenas um primeiro estudo. Achamos importante realizar essa lista devido o início da semana do aleitamento materno e, também, porque essas plantas são, tradicionalmente, usadas no tratamento sintomático de doenças e, principalmente, na forma de preparação de chás”, esclarece.Nilton afirma que estas 14 plantas, se forem utilizadas como medicamento, podem prejudicar o aleitamento materno por terem em suas composições alguns princípios ativos que causam sabor amargo ao leite, diminuem a produção do leite ou causam cólica no lactante.
O principal objetivo do estudo é destacar a importância da existência, dentro do serviço público do DF, de um programa oficial em fitoterapia. Porque, no momento que se tem um programa desse, tecnicamente preparado, podemos prover informações, para os profissionais da área de saúde e à população, quanto ao uso ou a promoção do uso racional das plantas medicinais.
Nilton Luiz Neto Junior
Em 2015, a Farmácia Viva atingiu a distribuição de 22.252 fitoterápicos gratuitos para a população. Os fitoterápicos são entregues mediante apresentação de receita médica. Os remédios podem ser obtidos em 20 locais diferentes, sendo as seguintes regiões administrativas: Brazlândia, Gama, Taguatinga, Sobradinho e Núcleo Bandeirante, Guará, Samambaia, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, além da Candangolândia.
As plantas são cultivadas de forma orgânica na própria Farmácia Viva e também nos terrenos do Complexo Penitenciário da Papuda e Centro Nacional de Recursos Genéticos, que são parceiros do projeto.
Após a colheita, as ervas são selecionadas, secadas em estufa e trituradas até se transformarem em pó. Com esse material, é feita a extração da tintura ou extrato com álcool. A exceção é para a babosa, que é utilizada de maneira fresca para produção do gel cicatrizante. (Informações da Secretaria de Saúde do DF)