Sara Winter avalia conceder entrevista coletiva após deixar prisão
Defesa da extremista emitiu nota repudiando decisão do STF, a qual classificou como “desproporcional e desprovida de razoabilidade”
atualizado
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A defesa de Sara Winter comentou a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que condenou a extremista ao uso obrigatório de tornozeleira eletrônica.
Para os advogados da ativista, a medida é “desproporcional, desprovida de razoabilidade” e “ofende o princípio da presunção de inocência”.
Ao Metrópoles, o advogado Paulo César Rodrigues de Faria afirmou que, por enquanto, Sara não virá à público se manifestar sobre o período em que esteve presa. O defensor, contudo, não descartou a possibilidade de que uma entrevista coletiva seja convocada futuramente.
Faria disse que ficou sabendo da revogação temporária da prisão da cliente através do celular. Os advogados da extremista prometem recorrer da decisão.
Saída da prisão
Sara deixou, na tarde desta quarta-feira (24/06), a Penitenciária Feminina, a Colmeia, no Gama. Ela estava detida por ameaçar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pela defesa da ativista pelo secretário de Administração Penitenciária do DF, Adval de Matos.
Embora a prisão dela só vença às 23h59 desta quarta-feira (24/06), uma das defensoras disse que Sara saiu antes para colocar a tornozeleira eletrônica e, de lá, foi autorizada a seguir para casa.
O ministro Alexandre de Moraes é o responsável pela análise do caso. A ativista foi detida em desdobramentos da Operação Lumus, que investiga atos antidemocráticos.
Na decisão assinada por Alexandre de Moraes que não prorrogou a prisão da ativista, o ministro, além de determinar que ela use o equipamento de monitoramento eletrônico, proíbe que a extremista se aproxime do Congresso Nacional.
Além disso, Sara não poderá fazer ligações ou encontrar-se com dezenas de pessoas investigadas no Inquérito das Fake News que corre no Supremo.
Veja a decisão:
Decisão – Soltura extremistas by Lourenço Flores on Scribd
Sara é investigada pelo Ministério Público por ameaçar Moraes nas redes sociais. Ela disse que transformaria a vida do ministro em um “inferno” após ter sido incluída no inquérito das fake news.
Em oitiva, a bolsonarista ficou calada ao ser questionada sobre o motivo das ameaças e negou participação no ato que envolveu a queima de fogos em direção ao prédio do STF.
O Metrópoles apurou que, além de Sara, a outra integrante do grupo também presa na Colmeia, Érica Viana, poderá deixar a prisão com o dispositivo de localização preso ao tornozelo. Outros cinco integrantes do 300 do Brasil têm o caso sobre o uso das tornozeleiras sob análise no STF.
Nessa segunda-feira (23/06), a Vara de Execuções Penais (VEP) negou pedido de Érica Viana para receber visitas de advogados. A juíza Leila Cury considerou que ela está de quarentena e o caso só pode ser movimentado no sistema quando o período acabar. Por isso, foi indeferido.