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Samu registra mais de dois trotes por hora no Distrito Federal em 2021

De acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro, o crime prevê pena de 1 a 6 meses de detenção

atualizado

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Breno Esaki/Agência Saúde
Atendente do Samu no DF
1 de 1 Atendente do Samu no DF - Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Mesmo com campanhas de conscientização, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF) ainda enfrenta a falta de educação de pessoas que ligam apenas para passar trotes. Até o fim de julho, 11.959 mil solicitações de socorro falsas foram registradas pelo órgão.

O número foi divulgado nesta terça-feira (10/8) e corresponde à média de 2,18 ligações por hora, em um período de 212 dias, no 192 (Central de Regulação de Urgências). No entanto, o número está em queda, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando houve 13.150 trotes no período.

Para Victor Arimatea, diretor do Samu, a redução nos números de trotes este ano pode estar ligada à conscientização da população com o enfrentamento da pandemia.

“Estamos ainda em situação de enfrentamento da pandemia e os desafios enfrentados pela população elevaram a importância dos atendimentos do Samu, bem como de todas as unidades de saúde. Nesse sentido, é razoável supor que o contexto atual também colaborou para uma modificação de comportamento que culminou na redução do registro de trotes e no amadurecimento do uso de serviços tão necessários e contingenciados como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, afirma.

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Somente em 2021, Samu registrou 6,3 mil trotes no Distrito Federal
SAMU estava responsável pelo socorro
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O Samu tem 22 bases que atendem ao Distrito Federal

Hugo Barreto/Metrópoles
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Somente em 2021, Samu registrou 6,3 mil trotes no Distrito Federal

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SAMU estava responsável pelo socorro

Antônio Milena/Arquivo/Agência Brasil
Campanhas educativas

Geralmente, as ligações classificadas como trotes são feitas, na maioria, por crianças. Anualmente, o Samu faz campanhas de educativas e de conscientização da população para redução no número de trotes.

Em 2007 ,o Ministério da Saúde criou o projeto Samuzinho para conscientizar e instruir crianças das escolas públicas e particulares de todo o país, a partir do 5º ano. A ideia do projeto é mostrar para elas o quanto um trote pode atrapalhar ou atrasar um atendimento de urgência.

“Os motivos por trás da redução do registro de trotes, provavelmente, são multifatoriais. Envolve tanto a atuação de campanhas de conscientização orientados para a população por meio da mídia, com matérias anuais relacionadas ao tema, quanto a projetos como o Samuzinho, com esclarecimento da população infantil nas escolas quanto à importância do serviço”, ressalta o diretor do Samu.

Trote é crime

De acordo com o artigo 266 do Código Penal Brasileiro, passar trote para serviços de emergência é crime, e o infrator pode pegar de 1 a 6 meses de detenção.

No caso de menores de 18 anos que cometem esse ato infracional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o considera como gravíssimo, e a criança ou o adolescente será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas, de acordo com a gravidade do trote dentro da legislação brasileira vigente.

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