Samu-DF sofre com o déficit de 40 médicos para realizar atendimentos
De acordo com dados do GDF, o Samu tem déficit de 40 médicos, 10 enfermeiros e 10 técnicos em enfermagem
atualizado
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O Distrito Federal sofre, atualmente, com um déficit de 40 médicos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), esses 40 profissionais precisariam cumprir uma carga horária de 20 horas semanas para atender de forma plena a população da capital federal.
Além dos médicos, o documento mostra que faltam 10 enfermeiros e 10 técnicos em enfermagem — todos cumprindo 20 horas semanais — para que o Samu consiga atender às demandas.
Em relação às horas que ficam sem cobertura pela falta desses profissionais, o déficit por semana é de 1.171 horas.
De acordo com os protocolos de regulação do Samu-DF, existem dois tipos de equipes que podem atender às ocorrências. No modelo Unidade de Suporte Básico (USB), a ambulância é tripulada por condutor de emergência e dois técnicos em enfermagem; já a Unidade de Suporte Avançado (USA) precisa contar com um médico, um enfermeiro e o condutor de emergência.
Em setembro, o Metrópoles mostrou que nenhuma ambulância do Samu-DF conta com o suporte de um médico. Segundo servidores, o resgate público enfrenta uma nova crise de sucateamento e falta de pessoal.
Atendimento
O Samu deixa de atender a 132 chamadas por dia por “falta de meios”. Na época, a Secretaria de Saúde informou que uma das dificuldades do atendimento é a falta de profissionais da saúde.
“Em 2023 houve concurso para técnico de enfermagem que, após aprovação, a Subsecretaria de Gestão de Pessoas avaliará os setores com déficit para lotação, sendo o Samu um dos setores a ser contemplado com carga horária desta categoria. Em relação a médicos, em 2023 houve chamamentos para diversas áreas, mas não houve êxito por falta de interessados suficientes para o tamanho da demanda”, disse a pasta em nota.
Soluções
Procurada, a Secretaria de Saúde informou que trabalha para ampliação do quadro de profissionais da rede pública de saúde, o que inclui médicos.
“A pasta esclarece que em 2023, nomeou 670 médicos, no entanto, apenas 141 tomaram posse. Na semana passada, foi publicado o edital de contratação temporária de condutores que, após classificação e chamamento, alguns serão lotados no Samu. Em 2023 também houve concurso para técnico de enfermagem que, após aprovação, a Subsecretaria de Gestão de Pessoas avaliará os setores com déficit para lotação, sendo o Samu um dos setores a ser contemplado com carga horária desta categoria”, completa a nota. ]
A SES frisou que está modernizando o Samu e lembrou que foram adquiridas 26 novas motolâncias que começarão a circular em novembro.