“Salvou a família”, diz pai de jovem baleada ao defendê-lo de assalto
A adolescente levou um tiro no tórax e precisou passar por cirurgia. Ela segue internada no HRC, mas se recupera bem e está estável
atualizado
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A família da jovem de 14 anos baleada ao defender o pai de uma tentativa de assalto no Riacho Fundo 2 se sente aliviada com a recuperação da menina. Em 18/1, ela levou um tiro no tórax durante a ação dos criminosos e precisou passar por cirurgia.
A adolescente continua internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), mas está consciente e estável.
O pai da vítima, Paulo Sérgio da Silva, de 49 anos, contou ao Metrópoles que, apesar da situação, está feliz com o estado de saúde da filha. “Ela salvou a família. Graças a Deus o pior não aconteceu. A minha filha foi muito corajosa, uma heroína”, admira o vigilante.
Na data do crime, por volta das 13h50, Paulo saiu de casa para pegar o carro da família, estacionado na rua. Enquanto ligava o automóvel, viu três homens suspeitos andando na via e resolveu esperar. Após o trio entrar em um beco, ele guardou o veículo.
Na garagem de casa, foi surpreendido pelos homens invadindo a residência e apontando dois revólveres para ele. Para garantir a segurança da família, pediu que a filha de 14 anos, que estava na sala, trancasse a porta. No endereço, além dos dois, moram também a mãe do vigilante e o irmão da vítima, um menino de 11 anos.
Imagens da câmera de segurança de um vizinho mostram o momento em que os três suspeitos do crime andam pela rua. Veja as imagens:
O morador disse ao criminosos que eles poderiam levar o que quisessem, desde que preservassem sua família. Porém, um dos homens deu um mata-leão no vigilante e, em defesa do pai, a adolescente abriu a porta de casa e foi para garagem tentar defendê-lo. Nessa hora, o outro homem que estava com a arma atirou no tórax da jovem.
“Eu pedi que eles não entrassem em casa, poderiam levar o que quisessem, mas preservassem a minha família. Acredito que os criminosos queriam nos fazer de reféns. Se tivessem entrado, teria sido uma tragédia”, relembra Paulo.
A filha do vigilante tinha acabado de chegar em casa e estava na sala, utilizando o computador, quando percebeu o pai sendo abordado pelos suspeitos. “Eu vi que ela foi para a garagem tentar me defender. Ela entendeu o que estava acontecendo e queria assustar os homens. Na hora em que levou o tiro, permaneceu consciente. O tiro seria em mim”, conta o pai.
A 29ª DP (Riacho Fundo) investiga o caso, mas ainda não identificou os suspeitos.