Salutar acusa Iges de não liberar cozinhas após rescisão de contrato
Segundo o empresário Waldenes Barbosa, dono da Salutar, mais de R$ 2 milhões em equipamentos ainda estão sob controle do Iges-DF
atualizado
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Após ter o contrato de fornecimento de alimentos com o Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF) rescindido, a empresa Salutar diz enfrentar dificuldades para reaver todos os equipamentos dela instalados nos Hospitais de Base e de Santa Maria e nas unidades de pronto atendimento (UPAS). Segundo o empresário Waldenes Barbosa, dono da Salutar, mais de R$ 2 milhões em equipamentos ainda estão no controle do Iges-DF.
De acordo com ele, haveria uma ordem para não deixar ninguém da empresa entrar. “Queremos fazer o levantamento e não estamos conseguindo. As cozinhas do Hospital de Base e o de Santa Maria estão usando meus equipamentos, mesmo tendo desfeito o contrato. Não tem condições”, reclama.
Conforme conta o empresário, em cada uma das unidades há um cozinha industrial com capacidade de fornecer 7 mil refeições diárias. “Isso abastece também todas as 13 UPAs. Lá a estrutura é toda para receber a comida. Em cada uma dessas unidades, devo ter cerca de R$ 35 mil em equipamentos”.
No último dia 9, em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o Iges-DF rescindiu o contrato com a Salutar alegando problemas de descumprimento contratual, falta de insumos, má condição de alimentos e insetos nas comidas. No dia 30/6, o Iges celebrou um novo contrato, dessa vez com a Vogue Alimentação e Nutrição. O problema é que os valores da nova contratação ficaram muito mais caros. Para se ter ideia, com a Salutar o instituto desembolsava R$ 73 milhões. Com a Vogue, pulou para R$ 159,5 milhões.
Procurado, o Iges informou “que não há qualquer proibição no sentido de acessar as cozinhas”.
Segundo a nota enviada à reportagem, “a empresa Salutar não fez nenhum pedido oficial para retirada de equipamentos da unidade da Santa Maria. Inclusive a gerente da unidade do HRSM tem feito contato com representantes da Salutar e eles não notificaram o Iges dessa retirada”.
O texto diz ainda que, por se tratar de um serviço ininterrupto, “há um processo de transição para que seja realizada a troca dos equipamentos a fim de não afetar a produção. Todos os equipamentos da Salutar serão devidamente devolvidos”.
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