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Saiba quem é o suspeito de atirar em servidor após briga de trânsito

Empresário do ramo de transportes e CAC, Hugo Olinto de Menezes, 38, é suspeito de atirar em servidor público do DF. Vítima está internada

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Hugo Olinto de Menezes Santos, 38 anos, é suspeito de atirar em um servidor público após uma briga de trânsito, no Distrito Federal. Empresário do ramo de transportes e caminhoneiro, o agressor tinha registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), mas não para portar armas de fogo. Ele está preso desde segunda-feira (16/10).

O caso é investigado como tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil, na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro). Hugo também responderá por porte ilegal de arma. O crime ocorreu na noite desse domingo (15/10), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

A vítima está internada em estado grave no Hospital de Base, segundo a família. Agora, a equipe médica avalia a necessidade de fazer uma cirurgia no braço do paciente, onde a bala ficou alojada após perfurar o pulmão do servidor.

Fotos do atirador

Delegado-chefe adjunto da 3ª DP, Bruno Dias detalhou que Hugo e o servidor se envolveram em um pequeno acidente de trânsito, que evoluiu para uma situação mais grave.

O servidor público relatou aos familiares que trafegava em uma via do SIA, quando “fechou” sem querer outro veículo. A manobra abrupta fez com que os dois automóveis colidissem levemente um contra o outro, segundo a ocorrência registrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Depois da discussão, a vítima tentou fazer filmagens da placa do carro do outro motorista. O agressor, então, sacou uma arma e atirou. Em seguida, fugiu. Os parentes da vítima conseguiram recuperar as imagens da placa do veículo de Hugo e compartilharam as informações com a PCDF.

“A vítima teria perseguido o veículo do autor [dos disparos] para anotar a placa, pois ele teria fugido do local do acidente. A certa altura, os dois se encontraram. O autuado [Hugo] desembarcou do carro, sacou a arma e atirou na direção do veículo da vítima, atingindo-a na altura da clavícula”, afirmou Bruno Dias.

O delegado ressaltou que as fotos feitas pela vítima ajudaram nas investigações que levaram à prisão em flagrante de Hugo. “Mesmo ferida, a vítima dirigiu até o Hospital de Base, onde foi socorrida. O estado de saúde dela é estável”, completou o investigador.

Prisão mantida

Hugo passou por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (17/10), e a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante, por entender que a medida previne a possibilidade de ocorrer outro crime.

“O contexto do modus operandi [modo de operação] demonstra especial periculosidade e ousadia ímpar [de Hugo], tornando necessária a constrição [prisão] cautelar para garantia da ordem pública”, destacou a juíza que analisou o caso.

O Metrópoles entrou em contato com a defesa de Hugo Olinto. O advogado afirmou que, sobre os fatos, ainda seria “preliminar e prematuro” divulgar a versão do cliente, visto que “não há, ainda, avaliação com o suspeito de como tudo realmente aconteceu”.

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